Os comentaristas esportivos da imprensa nacional acharam mais uma forma de atacar o principal jogador brasileiro, claro, Neymar. A dupla enfadonha Walter Casagrande e Milly Lacombe afirmaram, recentemente, que a culpa da situação de Vini Jr. é de Neymar.
Segundo os articulistas da Folha de S. Paulo, “a luta antirracista custou muito caro para o Vini porque ninguém se juntou a ele. Ninguém comprou o barulho dele. Aí, ele escolheu se espelhar no cara que está errado? Está errado se espelhar no Neymar. E o Lamine Yamal está indo pelo mesmo. O Neymar não é espelho para ninguém”, afirmou Milly Lacombe.
Ou seja, segundo eles, a suposta luta antirracista de Vini Jr., ao não ser encampada por Neymar, levou o jogador para a má-fase. Não só isso, Vini Jr., ao se espelhar no melhor jogador da atualidade, Neymar, estaria fazendo errado.
Para fins de intriga vale tudo, especialmente confundir o leitor incauto. Ora, uma pessoa que se propõe, por exemplo, a disputar corridas de fórmula 1 deveria de espelhar ou buscar exemplo em Oscar Schmidt (Basquete), em Zumbi dos Palmares ou em Ayrton Senna?
Vini Jr. se espelha em Neymar porque o considera um ótimo futebolista, e é assim que as coisas funcionam. Um bom jornalista não se espelha no Zé do Caixão, por exemplo, para fazer jornalismo. Essa confusão, feita pelos redatores mal intencionados da Folha, é para plantar uma intriga na sociedade contra o Neymar, que, cá entre nós, é a nossa esperança para a Copa de 2026.
A matéria tem outra finalidade que, já sabemos, não foi atingida. Que é a pretensão de colocar um jogador contra o outro. É uma prática tradicional se você quer ver derrotado, de conjunto, o inimigo, que, no caso, é o futebol brasileiro.
Por outro lado, a imprensa desportiva nacional é tão prepotente que não se deu conta que esses jogadores, de nível de Neymar e Vini Jr a abandonaram faz tempo. Na realidade, quase nenhum jogador profissional se anima em conceder entrevistas e participar do esquema da imprensa nacional.
Casagrande teve a empáfia de falar o seguinte sobre Vini Jr.: “ele precisa pôr os pés no chão e voltar alguns degraus. Cada jogo é um penteado diferente, mas o futebol ruim continua o mesmo. Ele precisa focar na bola. Nós temos um exemplo negativo no diário que é o Neymar. Faz quatro, cinco anos que ele só aparece com coisas fora do campo, não com a bola. O Vini Jr não pode entrar nesse caminho”.
O curioso do caso Walter Casagrande é notar como esse ex-jogador virou um moralista de plantão, isso depois de toda a farra protagonizada por ele e por outros jogadores nos anos 1980. Aliás, festas homéricas fora de campo são uma das principais características do futebol brasileiro, o que é bom, pois com isso e outras coisas chegamos ao pentacampeonato mundial de futebol. Esse esporte não é de padres e freiras, ou da classe média moralista nacional; futebol é feito de gente comum, em sua maioria filhos de operários que tiraram a sorte grande de serem craques de bola. É sim para festejar mesmo, um senhor motivo.
Se algum jogador não rende tão bem, se a seleção vai mal, a causa disso, em grande medida, é a existência de uma imprensa brasileira que é contra o futebol brasileiro. E isso não é de hoje. Todo mundial vencido pela seleção canarinho foi apesar da imprensa, passando por cima dos jornais e dos jornalistas.
Outro fato não relatado pelos redatores da imprensa golpista (Lacombe e Casagrande) é o fato de que junto com Vini Jr. existem centenas, talvez milhares de jogadores brasileiros que foram para a Europa e simplesmente desapareceram, como Reinier, Paulinho, Lucas Silva, Alexandre Pato, Oscar, dentre outros. Esse é outro resultado da exportação de jogadores, sua destruição. O que explica o retorno de Neymar também.
Por fim, a intriga esquerdista. A de que Neymar não faz nada contra o racismo. É preciso destacar que foram várias as vezes que Neymar já protestou contra o racismo, sendo expulso de campo em uma oportunidade, ao agredir outro jogador racista.
Mas, antes de apontar o dedo para Neymar é preciso ver o que fez a imprensa da qual faz parte Lacombe e Casagrande contra o racismo. Nada. Na realidade, com o apoio ao golpe de 2016, a imprensa nacional ajudou a aprofundar as péssimas condições sociais do negro na sociedade.
Assim, o primeiro adversário da seleção e dos craques brasileiros para trazer o caneco de 2026 é a imprensa e gente como Lacombe e Casagrande, que procuram desestabilizar os jogadores e os próprios torcedores.





