Oriente Médio

Inglaterra assume liderança de política militar contra o Irã

Trump apenas mantém política de sanções, “Israel” recua em operação contra o Irã, o imperialismo inglês assume a postura mais agressiva 

Na terça-feira (4), o Reino Unido anunciou que exigiria que a República Islâmica do Irã registrasse todas as suas atividades de influência política no país. O motivo seria que o Irã se tornou uma ameaça à segurança nacional da Inglaterra. O imperialismo inglês se mantém extremamente agressivo no Oriente Médio.

Já na quarta-feira (5), o ministro da Segurança do Reino Unido, Dan Jarvis, anunciou que colocaria o Estado iraniano, seus serviços de segurança e o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica em um nível elevado de um novo esquema de registro destinado a proteger contra influências estrangeiras encobertas.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmael Baqaei, respondeu:

“O governo do Reino Unido parece estar ampliando sua mentalidade hostil irracional em relação aos iranianos apenas para desviar a atenção de sua própria culpa, tanto como ‘negador de genocídio’ quanto como apoiador do terrorismo anti-Irã (remontando ao golpe de 1953 contra o governo democraticamente eleito do Irã, cuja culpa do Reino Unido nunca desaparece).

É absurdo culpar o Irã por algo em que vocês se destacam e dominam: interferência ilegal nos assuntos internos de outras nações!

No entanto, este já não é mais o século XIX; qualquer governo que faça acusações infundadas e tome ações hostis contra a nação iraniana será responsabilizado.”

Além disso, o embaixador britânico Hugo Shorter foi convocado por Alireza Iousefi, assistente do ministro das Relações Exteriores e Diretor-Geral para a Europa Ocidental, que expressou formalmente a objeção do Irã a essas alegações.


O governo Trump e o Irã

O governo dos EUA, por sua vez, parece seguir a tendência geral de sua política internacional: diminuir sua intervenção imperialista no Irã. Trump, como de costume, fez declarações muito agressivas contra o país, mas, na prática, não está atuando da mesma forma que Biden, o senhor das guerras do Oriente Médio. A medida imposta por Trump não foi diferente do que houve no governo Biden: as chamadas “sanções de máxima pressão”.

Em resposta, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que seu país não participará de negociações diretas com os EUA enquanto o presidente Donald Trump continuar com sua chamada política de “pressão máxima”.

“Não entraremos em negociações diretas com os EUA enquanto continuarem com sua política de pressão máxima e suas ameaças, mas isso não significa que, em relação ao nosso programa nuclear, não iremos negociar com outras partes; estamos conversando com os três países europeus, estamos negociando com a Rússia e a China, outros membros do JCPOA [acordo nuclear], e essas conversas podem continuar, e eu acho que podemos chegar a um resultado por esse caminho também”, disse ele à AFP.

Sobre as ameaças militares norte-americanas e israelenses contra o Irã, o ministro afirmou que, se tais ameaças se concretizarem, um conflito se espalharia por toda a região.

“Eu acredito que, se um ataque ao Irã acontecer, esse ataque poderia se transformar em um incêndio generalizado na região; não que iremos fazer isso. É o desejo de ‘Israel’ envolver os outros países da região em uma guerra. É o desejo de ‘Israel’ arrastar os EUA para uma guerra. Este é precisamente um plano israelense para arrastar os EUA para a guerra, e os EUA estão extremamente vulneráveis se entrarem em uma guerra na região. Eles mesmos sabem disso”, disse.


‘Israel’ assume derrota em operação militar contra o Irã

O novo Chefe do Estado-Maior das Forças de Ocupação Israelenses, general de divisão Eyal Zamir, declarou o fechamento da Diretoria de Estratégia e Terceiro Círculo, um órgão criado para atacar o Irã.

Apresentada como uma reestruturação burocrática para “melhorar a eficácia no enfrentamento do Irã, das relações exteriores e da estratégia”, a mudança parece ser, na verdade, uma declaração de incapacidade de “Israel” de enfrentar o poder militar e de inteligência do Irã.

Estabelecida em 2020 sob a doutrina “Tnufa” do ex-Chefe do Estado-Maior Aviv Kohavi, a Diretoria foi criada para consolidar os esforços do exército contra inimigos de “terceiro círculo”, aqueles fora de suas fronteiras imediatas, com o Irã como principal foco.

Conhecida como “Comando Irã”, sua função envolvia coordenar operações de inteligência, cibernéticas e militares destinadas a combater a influência do Irã na região.

A estrutura da Diretoria incluía duas divisões principais que eram, inicialmente, parte da Diretoria de Planejamento. A primeira era a Divisão Estratégica, responsável pelo planejamento operacional de curto e longo prazo. Essa divisão deveria garantir que os objetivos estratégicos fossem cumpridos e que o exército permanecesse preparado para vários cenários.

A segunda era a Divisão de Cooperação Internacional, que lidava com as relações do exército com forças armadas estrangeiras, unidades de manutenção da paz e organizações internacionais.

Além disso, a unidade incluía o Quartel-General do Irã, liderado por um oficial com o posto de Aluf Mishne (Coronel), que coordenava todas as atividades militares relacionadas ao Irã.

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