Reforma agrária

Índios parakanã enfrentam ataque de pistoleiros no Pará

Armados com rifles e metralhadoras, pistoleiros invadiram a Terra Indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu

Na última terça-feira (27), pistoleiros armados com rifles e metralhadoras invadiram a Terra Indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu, sul do Pará, atacando o povo Parakanã. Este é o sexto ataque em um curto período, segundo denúncia publicada na página de Instagram Makkoas_12. A Força Nacional e a Funai, presentes no local, não agiram para deter os criminosos, enquanto os índios enfrentam fome e terror.

O ataque mais recente repete um padrão de violência contra os Parakanã. No último dia 13 de maio, invasores armados abriram fogo contra indígenas que pescavam em uma canoa, ferindo um homem. Outro índio precisou se esconder na mata por horas para escapar.

Apesar de a Força Nacional e a Funai terem sido acionadas, os criminosos fugiram, e as investigações não avançaram. Gravações divulgadas pela Makkoas_12 mostram tiros disparados contra os Parakanã durante o ataque mais recente, sem qualquer intervenção das forças federais. A situação na Terra Indígena Apyterewa é agravada pela escassez de alimentos, resultado da pressão de invasores que dificultam o acesso dos indígenas a recursos naturais.

A Terra Indígena Apyterewa, homologada em 2007, é alvo constante de grileiros e latifundiários. Segundo o Conselho Indigenista Missionário, a região registrou 14 ataques contra índios em 2024, com pelo menos cinco mortes. A violência é impulsionada pela expansão do agronegócio no sul do Pará, onde fazendeiros disputam terras demarcadas para ampliar pastagens e plantações de soja. Dados do Instituto Socioambiental indicam que 70% das terras indígenas no Pará sofreram invasões nos últimos cinco anos, muitas vezes com conivência de autoridades locais.

A inação da Força Nacional e da Funai reflete o descaso do poder público com os povos índios. Responsável pela proteção dos direitos dos índios, a Funai enfrenta cortes de orçamento: em 2024, recebeu R$644 milhões, 15% a menos que em 2023, segundo o Portal da Transparência.

A Força Nacional, enviada para conter conflitos, limita-se a observar a violência, como mostram as denúncias. Enquanto isso, os Parakanã lutam para sobreviver em meio a ataques e fome.

A violência contra os Parakanã demonstra a necessidade de medidas concretas. Os índios devem ter o direito de organizar milícias armadas para proteger suas terras e suas vidas, já que o Estado falha em garantir segurança. Só assim poderão enfrentar a ação criminosa de latifundiários e pistoleiros que ameaçam sua existência.

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