Lideranças e professores do Pará de diversas etnias, incluindo Borari, Mundurucu, Tembé, Xicrim e Arapium, ocuparam a sede da Secretaria Estadual de Educação do Pará (Seduc) em protesto contra alterações no Sistema de Organização Modular de Ensino (Some), que afetam a educação dos índios.
Eles exigem a revogação da Lei 10.820/2024, que introduziu mudanças no ensino, como a substituição de professores presenciais por aulas gravadas transmitidas por televisores. Os índios afirmam que a nova metodologia desconsidera a sua diversidade cultural e linguística e dificulta o acesso à educação devido às limitações tecnológicas.
A polícia atacou os índios de diversas formas: dentre elas restrições de comida, água e acesso a banheiros, além de relatos de esprei de pimenta nos banheiros do prédio. Eles insistem que só sairão quando forem recebidos pelo governo, e suas demandas incluem a revogação da nova lei e a melhoria da educação, que já era precária antes das alterações.
O governo do Pará defendeu a implementação de uma metodologia virtual para a educação dos índios sem consultar as comunidades. A medida, que foi aprovada de surpresa às vésperas do Natal de 2024, sem.
Além disso, os índios reivindicam a exoneração do secretário de Educação, Rossieli Soares da Silva. O Ministério Público Federal já havia solicitado a suspensão da nova metodologia, argumentando que ela viola os direitos constitucionais dos índios.