Após uma mobilização de centenas de índios que ocuparam a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) do Pará que começou dia 14 de janeiro contra a imposição do Ensino a Distância (EaD). O governo do Pará decidiu tomar medidas para tentar conter a crise.
O governador do Pará, Helder Barbalho, apresentou um projeto de lei para a criação da Política Estadual de Educação Escolar Indígena. O documento foi elaborado por um Grupo de Trabalho (GT) do governo e será debatido nas aldeias por 15 dias antes de eventuais ajustes. A proposta contou com a participação de entidades como a Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará (Fepipa), o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e órgãos jurídicos estaduais.
Mas as organizações que participaram da proposta não estão ligadas de fato ao movimento dos índios. Eles afirmam que eles possuem ligações com o governo e não representam o movimento. O grupo reforçou o convite ao governador para um diálogo direto sobre suas reivindicações.
Paralelamente, a Defensoria Pública da União (DPU) entrou com uma ação civil pública contra o governo do Pará, a Funai e a Meta (dona do Facebook e Instagram), alegando que Helder Barbalho divulgou “fake news” sobre a mobilização dos índios.