O filme Superman, dirigido por James Gunn e marco do novo Universo Cinematográfico da DC, foi censurado na Índia pelo Conselho Central de Certificação de Filmes (CBFC). Duas cenas de beijo entre os personagens de David Corenswet e Rachel Brosnahan, incluindo uma de 33 segundos com o casal flutuando, foram cortadas para garantir classificação para maiores de 13 anos. A decisão, que manteve intactas as cenas de violência, gerou revolta. “É uma censura inconsistente e conservadora”, declarou o fã Rajesh Kumar, da cidade de Mumbai, em rede social, refletindo o sentimento de outros espectadores
O longa, lançado em 2025, mostra Clark Kent/Superman tentando conciliar sua herança kryptoniana com sua criação humana, enfrentando críticas por ser visto como estrangeiro na Terra. O elenco inclui Nicholas Hoult, Skyler Gisondo e Isabela Merced. James Gunn criticou a censura:
“Eliminar momentos de afeto enquanto se preserva a violência distorce a essência da história.” Anil Sharma, porta-voz do CBFC, defendeu a medida: “as cenas foram julgadas inadequadas para jovens, mas a violência se justifica pelo contexto”. A jornalista Priya Desai, em artigo no Times of India, questionou “por que o amor é tratado como ameaça, enquanto a violência é normalizada?”
A censura gerou debates acalorados, com muitos apontando a incoerência de um sistema que mutila a arte para impor valores moralistas, enquanto ignora a violência explícita presente no filme. A censura a Superman é mais um exemplo do avanço de um obscurantismo que reprime a liberdade artística, com decisões autoritárias, que mutilam obras, violam o direito de expressão dos cineastas e da população, reforçando a tendência mundial do controle fascista sobre a cultura.


