Nesta terça-feira (04), o jornal norte americano The New York Times (NYT), noticiou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está ponderando opções de ataque contra a Venezuela, bem como suas consequências ou mesmo se irá prosseguir na agressão militar contra o país sul-americano.
Segundo NYT, o governo Trump “desenvolveu uma série de opções para ações militares na Venezuela, incluindo ataques diretos a unidades militares que protegem o presidente Nicolás Maduro e medidas para assumir o controle dos campos de petróleo do país”.
O jornal informa que, por um lado, muitos dos principais assessores de Trump pressionam para que o presidente aprove operação para derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Por outro lado, NYT também informa que Trump “ainda não decidiu como, ou mesmo se, deve prosseguir”, acrescentando que o presidente norte-americano estaria relutante em aprovar operações que utilizem militares dos EUA, ou que possam resultar em um “fracasso vergonhoso”.
NYT também comenta sobre a autorização concedida por Trump à CIA, para que a agência realize operações dentro da Venezuela, sejam desestabilizações articuladas com a direita golpista e lacaia do imperialismo (cuja líder é María Corina Machado), sejam sabotagens diretas ao governo venezuelano, com o objetivo de Nicolás Maduro. O jornal, no entanto, faz a ressalva de que “se tais operações realmente pudessem depor o Sr. Maduro, ele já teria caído há anos, acrescentando que é por isso que a Casa Branca está considerando uma ação militar, e as propostas em discussão se dividem em três grandes categorias”.
The New York Times prossegue então informando sobre três opções para um plano militar. Em uma delas, os EUA bombardearam instalações militares venezuelanas, na expectativa de fazer Maduro capitular e tentar fugir do país. Neste deslocamento, ele seria capturado.
Uma segunda opção é enviar “forças de Operações Especiais dos Estados Unidos, como a Força Delta do Exército ou o SEAL Team 6 da Marinha, para tentar capturar ou matar Maduro”.
A terceira opção envolveria “um plano muito mais complexo para enviar forças antiterroristas dos EUA a fim de assumir o controle de aeroportos e de pelo menos alguns dos campos de petróleo e infraestrutura da Venezuela”, afirma NYT, acrescentando que Trump reluta em colocar tropas norte-americanas no terreno, e, por isto, “muitos dos planos em desenvolvimento empregam drones navais e armas de longo alcance”.
Na tentativa de criar um pretexto legal para o golpe contra Maduro, e a agressão contra o povo venezuelano, assessores do governo Trump teriam solicitado “ ao Departamento de Justiça orientações adicionais que possam fornecer uma base legal para qualquer ação militar além da atual campanha de ataques a embarcações”, orientações que “poderiam incluir uma justificativa legal para atacar o Sr. Maduro sem a necessidade de autorização do Congresso para o uso da força militar, muito menos uma declaração de guerra”, informa o jornal.
O pretexto seria o mesmo que vem sendo dado por Trump e seu governo, de que Maduro e seus principais assessores de segurança seriam lideranças e um tal Cartel de los Soles.
The New York Times também informa o real motivo da agressão do governo Trump (e do imperialismo norte-americano) contra a Venezuela, o petróleo: “o sr. Trump está profundamente focado nas enormes reservas de petróleo da Venezuela, as maiores do mundo”.
Se desde o início do governo Trump, o imperialismo deu início a uma nova ofensiva contra a Venezuela (após o fracasso do golpe em 2024), nos últimos meses a ofensiva, agora de natureza militar, vem se intensificando. Nas últimas semanas, bombardeiros B-52 e B-1 foram enviados para exercícios de intimidação próximos à costa venezuelana. Tropas também foram mobilizadas para o Caribe, havendo já aproximadamente 10 mil militares em países da região, metade disto em Porto Rico. Em meados deste mês, o porta-aviões USS Gerald R. Ford, o maior da Marinha dos EUA, deve chegar à região. Segundo NYT, O Sr. Trump provavelmente não será forçado a tomar uma decisão pelo menos até que o porta-aviões chegue ao caribe. O jornal informa que “o Ford transporta cerca de 5.000 marinheiros e possui mais de 75 aeronaves de ataque, vigilância e apoio, incluindo caças F/A-18”.
A agressão contra a Venezuela faz parte de uma ofensiva geral do imperialismo contra a América Latina, para erguer ditaduras por todo o continente, com a finalidade de colocar a casa em ordem para a guerra mundial que surge no horizonte.





