As recentes declarações de Vladimir Zelensqui, em que sugere estar disposto a negociar o fim da guerra na Ucrânia, surgem com ares de aparente boa vontade, mas devem ser analisadas com ceticismo. Zelensqui, como um mero fantoche do imperialismo, faz aquilo que é ordenado a ele, não tem autonomia para decidir sobre o futuro de seu país sem seguir as imposições das potências imperialistas.
O imperialismo, que orquestra esta guerra desde o início, não tem interesse em seu fim. O objetivo principal não é a paz, mas o enfraquecimento da Rússia e a perpetuação do conflito. O número de mortos na Ucrânia, que já alcançou cerca de 1,5 milhão de vítimas, é visto como um preço insignificante para os planos imperialistas. Se a tragédia chegar a três milhões de mortos, isso pouco importará para as potências imperialistas, que têm um longo histórico de genocídios e crimes contra a humanidade.
Mesmo Donald Trump, que chegou a prometer o fim do conflito, não conseguiu concretizar essa promessa. A pressão do imperialismo sobre ele, assim como sobre Zelensqui, é imensa. Trump tem se mostrado impotente diante das forças imperialistas que ditam as regras, e suas tentativas de diálogo com Putin e Zelensqui falharam. O impasse é claro: ou Trump não tem clareza sobre a situação, ou sua visão excessivamente otimista ignora o peso das forças que realmente controlam a guerra. Nenhuma dessas pressões resultará em algo concretamente positivo para a população ucraniana, que segue sendo vítima das decisões tomadas nas salas de comando das potências imperialistas.
O fim do conflito só se dará quando a situação na Ucrânia se tornar insustentável para o regime de Zelensqui. Contudo, isso é um desafio. O governo ucraniano, sustentado por ditaduras fascistas que mantém um controle brutal sobre a população, dificilmente permitirá que o país exploda por conta de sua incapacidade de resolver a crise.
O imperialismo, ao contrário, aposta em uma crise interna que desestabilize o regime russo, que é a verdadeira razão pela qual o conflito na Ucrânia permanece sem fim.




