O governo dos Estados Unidos, em conluio criminoso com o Estado de “Israel”, prepara mais uma escalada genocida contra o povo libanês. Segundo o jornal libanês Al-Akhbar, os norte-americanos deram um ultimato ao Líbano: desarmar o Hesbolá pela força ou sofrer uma guerra total. A chamada “diplomacia” imperialista não passa de um canhão apontado, e a visita da enviada Morgan Ortagus – conhecida por sua defesa aberta dos crimes de guerra do regime sionista – só confirma a ameaça.
A exigência de desarmar o Hesbolá não trata de “paz”, mas de quebrar a única força organizada que resiste as investidas de “Israel” no Líbano. O imperialismo tentam mostrar o Hesbolá como “terrorista”, mas escondem os mais de 1.500 ataques do exército sionista após o cessar-fogo e a ocupação ilegal de territórios libaneses. Enquanto isso, o ministro da Defesa de “Israel” Israel Katz, ameaça abertamente bombardear Beirute e afirma que as tropas ocupantes ficarão no sul do Líbano sem limite de tempo.
Os EUA e “Israel” não querem “negociações”, mas a rendição incondicional do Líbano. Sob o pretexto de discutir prisioneiros e fronteiras, impõem uma condição inaceitável: o desarmamento da Resistência Libanesa. O objetivo, naturalmente, é cercar o Líbano, já devastado pela crise capitalista e pelas sanções imperialistas; forçar o Exército a confrontar o Hesbolá, provocando uma guerra civil que enfraqueceria o país; e legitimar novos bombardeios do regime sionista, como os que mataram o militante Hassan Bdair e seu filho em Beirute.
O objetivo final é integrar o Líbano à esfera de dominação do regime de “Israel”, como fizeram com Egito, Emirados Árabes e Bahrein. Os libaneses, no entanto, resistem.
Talvez a maior força militar da região, o partido revolucionário Hesbolá segue sendo uma barreira decisiva contra a expansão colonial do regime sionista. Enquanto a imprensa burguesa repete o discurso de “agressão do Hesbolá”, “Israel” violou a Resolução 1701 da ONU mais de 1.500 vezes desde novembro de 2024, ocupa cinco pontos estratégicos no sul do Líbano e ameaça ampliar a invasão, além de ter bombardeado Beirute duas vezes em uma semana, mesmo com o cessar-fogo vigente.
O Hesbolá, por sua vez, não reivindicou os foguetes citados pelo regime sionista e manteve-se firme no acordo de trégua. O partido ainda avisou que se o governo maronita não conseguir deter as violações diplomaticamente, a Resistência voltará à luta.
Enquanto a direita libanesa hesita em entrar de armas na mão no conflito, são os camponeses, operários e militantes anti-imperialistas, sobretudo do sul do Líbano, que seguram a linha de frente. A resistência do povo, que de armas em punho se submetem inúmeras vezes ao martírio, é a única que conseguirá impor a retirada das tropas dos EUA do Oriente Médio e fazer com que valha de algo a solidariedade internacional ao povo libanês, exigindo a retirada imediata das forças sionistas do sul do Líbano.