África e Oriente Médio

Iêmen declara apoio à Somália diante de ameaças de ‘Israel’

Líder do Ansar Alá, partido que governa o Iêmen, denunciou a decisão da entidade sionista de reconhecer a região separatista da “Somalilândia”

No domingo (28), o líder do Ansar Alá, Saied Abdul-Malik al-Houthi, declarou que qualquer presença de “Israel” na região da Somalilândia será tratada pelas Forças Armadas do Iêmen como alvo militar. Segundo ele, a medida configura um ato de agressão contra a Somália e o Iêmen e representa uma ameaça direta à segurança regional. A declaração foi feita dois dias após a ocupação anunciar, em 26 de dezembro, o reconhecimento da Somalilândia como “Estado independente e soberano”.

Em pronunciamento, Saied Abdul-Malik al-Houthi classificou o reconhecimento como uma iniciativa hostil e disse que a decisão integra “conspirações” mais amplas que, segundo ele, atingem a nação islâmica, “da Somália e do Chifre da África ao Iêmen, ao Mar Vermelho e aos países vizinhos”.

“A declaração de reconhecimento da região da Somalilândia por parte do inimigo é uma medida agressiva que faz parte de suas conspirações contra a nossa nação”, afirmou.

O dirigente do Ansar Alá sustentou que o objetivo seria estabelecer uma base israelense na Somália, que serviria como plataforma para ameaçar o conjunto da região. Nesse sentido, afirmou que a iniciativa se encaixaria em uma estratégia de longo prazo voltada à fragmentação de Estados sob o pretexto de remodelar o Oriente Médio.

“A declaração sionista é uma postura hostil que visa a Somália e seus arredores africanos, o Iêmen, o Mar Vermelho e os países em suas margens”, disse.

Saied Abdul-Malik al-Houthi também afirmou que o anúncio é “nulo e sem efeito”, que não possui peso legal ou moral e viola princípios de justiça e do direito internacional. Para ele, trata-se de um ato de agressão “na intenção e na execução”. Nesse sentido, conclamou os países que fazem fronteira com o Mar Vermelho, além dos Estados árabes e islâmicos, a adotarem medidas concretas para impedir o que chamou de violações de “Israel” contra a Somália e outras nações independentes.

Ao justificar o apelo, afirmou que a declaração foi emitida por “uma entidade ocupante que não possui legitimidade própria, muito menos autoridade para reconhecer outras”, defendendo uma ação unificada diante das ameaças crescentes à região.

Ainda segundo o líder iemenita, a defesa da causa palestina ocupa papel central nesse enfrentamento. Ele advertiu que “qualquer falha em apoiar o povo palestino dá ao inimigo a oportunidade de executar suas conspirações contra outros países”.

Saied Abdul-Malik al-Houthi pediu “todas as medidas de apoio possíveis” ao povo somalí e afirmou que deve ser rejeitada qualquer tentativa de transformar qualquer parte da Somália em base de “Israel”, em prejuízo da soberania do país e da segurança do Mar Vermelho.

O anúncio da ocupação, feito em 26 de dezembro, citou uma declaração conjunta assinada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, pelo ministro das Relações Exteriores, Gideon Sa’ar, e pelo “presidente” da Somalilândia. A medida foi condenada por mais de 20 países árabes e islâmicos e pela Liga Árabe, que, em sessão de emergência, declarou que reconhecer a Somalilândia e estabelecer relações com ela constitui um ataque à segurança nacional árabe.

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