Neste domingo (27), o porta-voz das Forças Armadas do Iêmen (YAF), Iahia Saré, advertiu todas as empresas de transporte marítimo a cessarem imediatamente qualquer relação com os portos israelenses, a partir do momento do anúncio.
Ele destacou que navios pertencentes a empresas que violarem essa diretriz serão alvos dos mísseis e veículos aéreos não tripulados (VANTs) iemenitas, onde quer que estejam, independentemente de seu destino.
Saré acrescentou que, se os países quiserem evitar uma escalada ainda maior, devem pressionar o inimigo israelense a pôr fim à agressão e levantar o cerco à Faixa de Gaza.
Segundo o porta-voz, as ações das forças iemenitas expressam seu compromisso moral e humanitário diante da injustiça sofrida pelo povo palestino, ao qual chamou de “irmão”.
A Secretaria de Comunicação do Governo em Gaza alertou neste domingo que a fome na Faixa de Gaza não apenas persiste, mas se expande em escala e gravidade, devido à continuidade do bloqueio e à insuficiência crítica na entrega de ajuda humanitária.
De acordo com o comunicado, apenas 73 caminhões entraram em Gaza no domingo, enquanto lançamentos aéreos foram feitos em zonas de combate ativo, tornando extremamente difícil o acesso à ajuda.
O órgão afirmou ainda que a maior parte dos suprimentos foi saqueada sob o olhar das forças de ocupação israelenses, que foram acusadas de deliberadamente impedir que a ajuda humanitária chegue aos centros de distribuição organizados. A situação humanitária no território sitiado, já crítica, foi ainda mais agravada.
O comunicado aponta que as três últimas operações de lançamento aéreo, somadas, não equivalem sequer ao conteúdo de dois caminhões de ajuda. O escritório descreveu as ações como uma “farsa”, da qual a comunidade internacional seria cúmplice por meio de promessas falsas e informações enganosas.





