Meio ambiente

Ibama continua enrolando o povo brasileiro

Não existe nenhuma justificativa para não explorar o petróleo

Mesmo com a cobrança do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e do próprio presidente Lula, para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emita o parecer sobre o pedido da Petrobrás para que possa perfurar um poço e poder confirmar a presença de petróleo na Margem Equatorial, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho (PSB), diz não ter prazo para fazer isso e que os técnicos ainda não disponibilizaram o parecer.

Como o pedido de autorização feito em 2023 foi negado pelo Ibama, a Petrobrás entrou com recurso. Na negação, o Ibama argumentou que isso afetaria a foz do Amazonas, sendo que o local de fato está cerca de 500 km distante da foz.

Em fevereiro, um grupo de técnicos do instituto havia negado o pedido da Petrobrás para perfuração marítima em bloco na Margem Equatorial. Foi um entendimento preliminar e passível de mudança em outras instâncias.

As reservas estimadas são da ordem de 30 bilhões de barris em uma área que se estende do Amapá até o Rio Grande do Norte e que tem mais de 2 mil km. A exploração do petróleo nesta região fez com que a Guiana passasse a ter o maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita da América do Sul, com US$28,9 mil. No mesmo período, o Brasil tem PIB per capita de US$19.018 pelos dados de 2023. Lembramos que o território da Guiana é infinitamente menor que o do Brasil, inclusive com muito menos recursos naturais.

Tentando contemporizar a “enrolação”, nas palavras do próprio Lula, o Ibama “autorizou” a Petrobras a limpar a broca de perfuração da Petrobrás, um procedimento corriqueiro na empresa, mas, como havia sido utilizada na Bacia de Campos, que apresenta presença de coral-sol, a limpeza era necessária. Fontes do Ibama explicam que a limpeza é necessária para afastar espécies invasoras, especialmente o coral-sol.

Segundo a imprensa golpista, técnicos do Ibama recomendaram negar o plano apresentado pela Petrobrás para realizar pesquisas de exploração. A palavra final fica, no entanto, na mão do presidente Rodrigo Agostinho, que decidirá com base em outras informações e conversas com outras instâncias do Ibama.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede Sustentabilidade), afirmou no programa Roda Viva do dia 10 que, “não serei mais candidata à Presidência. Não me coloco nesse lugar. Fui convencida a ser deputada federal, e, embora sempre veja a política como um processo dinâmico, ‘hoje meu foco é continuar contribuindo para que a frente ampla e a defesa da democracia’ sigam vitoriosas”.

Com a rejeição da exploração por parte de técnicos do Ibama, a pressão por parte do governo é para que o presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, rejeite o parecer e autorize a exploração do petróleo. Enquanto isso, o presidente do Ibama afirma que há prazo para aprovar o licenciamento, e o presidente Lula afirma que se trata de “lenga-lenga”.

A enrolação para liberar a licença é para impedir que o Lula tenha ganhos políticos com a exploração do petróleo e volte a promover crescimento econômico ao país, o que contraria a intenção do imperialismo de impedir o desenvolvimento por poder se tornar em uma nova China no continente.

O petróleo é a mais cara riqueza que os países têm. Se o Brasil a explorar, trará enormes ganhos ao desenvolvimento do país e do povo, gerará menor dependência externa e poderá matar a fome de tantos brasileiros que estão em situação muito ruim, principalmente no norte do país, onde está a reserva de petróleo.

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