Na noite de 12 de junho de 2025 (horário de Brasília), o general Hussein Salami, comandante-geral da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, tombou em combate após um covarde ataque sionista contra a sede central da Guarda em Teerã. Aos 65 anos, Salami foi martirizado como viveu: na linha de frente da luta contra o imperialismo, defendendo com coragem e firmeza a soberania do povo iraniano e de todo o Oriente Próximo.
Nascido em 1959 na vila de Vaneshan, na província de Isfahan, Salami ingressou na Guarda Revolucionária em novembro de 1980, logo após o início da guerra contra o Iraque. Combateu com bravura nas frentes do Curdistão e do sul do país, participando de unidades como a Divisão 25 Karbala, a Divisão 14 Imam Hussein e a base naval de Noah.
Após a guerra, retornou à vida acadêmica e concluiu a graduação em engenharia mecânica na Universidade de Ciência e Tecnologia do Irã, obtendo também um mestrado em gestão de defesa pela Universidade Superior de Defesa Nacional. Tornou-se comandante da Universidade de Comando e Estado-Maior da Guarda Revolucionária (1992–1997), vice-chefe de operações do Estado-Maior Conjunto (1997–2005), comandante da Força Aeroespacial (2005–2009), vice-comandante da Guarda-Revolucionária (2009–2019) e, finalmente, seu comandante supremo desde 2019 — nomeado pelo líder supremo Ali Khamenei.
Como comandante, Salami consolidou o papel do Irã como liderança incontornável do Eixo da Resistência, seguindo os passos do mártir Qassem Soleimani. Em 2024, liderou operações de mísseis contra posições israelenses em retaliação à ofensiva genocida em Gaza, sendo apontado como um dos principais estrategistas militares da região. As operações Promessa Cumprida I e Promessa Cumprida II foram reconhecidas internacionalmente como um ataque sem precedentes a “Israel”, capazes de estabelecer um novo poder de dissuasão no Oriente Próximo.
Sua firmeza frente às provocações do imperialismo também o tornou alvo. Foi sancionado pela União Europeia por sua atuação na defesa do regime iraniano diante dos protestos de 2019, nos quais a reação do Estado visava garantir a estabilidade do país frente a tentativas de desestabilização promovidas por agentes estrangeiros.
Salami será lembrado não só como militar, mas como símbolo do espírito revolucionário. Seu nome se junta ao de mártires como Qassem Soleimani na história da luta anti-imperialista. Em suas últimas declarações públicas, havia reiterado que o Irã jamais abriria mão de seu programa nuclear e de seu direito à autodefesa.
Sua morte não enfraquece o Irã. Ao contrário, é combustível para a chama da resistência. A República Islâmica declarou luto nacional e promete resposta à altura do crime cometido.





