Às 9h deste sábado (29), na Praça Oswaldo Cruz, o povo paulistano voltará a se reunir para protestar contra o genocídio do povo palestino. Seguindo o chamado do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) e das forças que compõem o Eixo da Resistência, as organizações que defendem a Resistência Palestina sairão às ruas contra os crimes de guerra praticados pelo Estado nazista de “Israel”.
Este será o segundo ato desde a retomada da guerra genocida contra a população da Faixa de Gaza, ocorrida na noite do dia 17 de março. Menos de uma semana depois, no dia 23 de março, o Partido da Causa Operária (PCO) e o Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) estavam ocupando a Avenida Paulista em uma demonstração ativa de solidariedade.
A manifestação deste sábado está situada no final do período sagrado do Ramadã, mês mais importante do calendário muçulmano. Conforme tradição inaugurada pelo líder da Revolução Iraniana de 1979, Ruhollah Khomeini, a última sexta-feira do Ramadã, conhecida como Dia de Al-Quds, deve ser um dia dedicada à causa palestina.
“Durante muitos anos, avisei os muçulmanos sobre o perigo do regime usurpador de Israel, que agora intensificou seus ataques selvagens contra os irmãos e irmãs palestinos, especialmente no sul do Líbano, bombardeando repetidamente suas casas com a intenção de destruir os combatentes palestinos. Peço a todos os muçulmanos do mundo e aos governos islâmicos que se unam para cortar as mãos desses usurpadores e seus apoiadores. E convoco todos os muçulmanos do mundo a escolherem a última sexta-feira do mês sagrado do Ramadã, que é um dos dias mais poderosos, e que pode determinar o destino do povo palestino, como o ‘Dia de Al-Quds’, e, através de uma cerimônia, proclamarem a solidariedade internacional dos muçulmanos em apoio aos direitos legítimos do povo muçulmano. Peço a Deus Todo-Poderoso que conceda vitória aos muçulmanos sobre os infiéis.”
Estendendo a tradição, o Hamas convocou os povos livres do mundo a sair às ruas não apenas na sexta-feira, mas também no sábado e no domingo. É diante deste chamado que o movimento de defesa da Palestina se manifestará neste sábado.
“Às massas de nossa nação árabe e islâmica e os povos livres do mundo:
Fazer das próximas sextas, sábados e domingos dias de fúria e protesto em todas as praças, e continuar pressionando a ocupação e seus apoiadores por meio de manifestações, marchas massivas e cerco às embaixadas sionistas e norte-americanas, expondo os crimes de genocídio contra nosso povo.”
A retomada da guerra genocida por parte de “Israel”, quebrando o acordo de cessar-fogo, fez cair a máscara do sionismo. O governo israelense tinha tudo para conseguir a “paz”: bastava seguir o acordo com o qual ele mesmo concordou. Isto é, retirar suas tropas de Gaza, acabar com o bloqueio e trocar prisioneiros. Reivindicações completamente razoáveis que – mais uma vez – foram aceitas por seu governo.
“Israel” se recusou a cumprir o acordo. O cessar-fogo foi expondo, momento a momento, o quanto a opinião pública estava cada vez mais favorável à Resistência Palestina. “Israel” saiu humilhado da guerra. Por isso, pressionado pela extrema direita, que ameaçou derrubar o governo, Benjamin Netaniahu decidiu retomar a guerra.
E retomou da maneira mais criminosa possível, assassinando quase 500 pessoas em 24 horas.
Mesmo havendo um acordo de cessar-fogo, “Israel” segue assassinando civis palestinos. Mesmo havendo um acordo, a comunidade internacional segue de braços cruzados. Mesmo havendo um acordo de cessar-fogo, a grande imprensa segue blindando o sionismo e caluniando a Resistência Palestina.
A violação unilateral do cessar-fogo mostrou claramente que a única forma de os palestinos se libertarem da ocupação criminosa é por meio de sua própria luta. Isto é, por meio de sua Resistência.
É por isso que o Hamas decide convocar manifestações em todo o mundo. Cabe aos trabalhadores e oprimidos de todo o mundo saírem às ruas em apoio à Resistência Palestina para que ela possa, enfim, derrotar de uma vez por todas o criminoso Estado de “Israel”.