Faixa de Gaza

Histórico: Hamas liberta mais de 200 reféns palestinos

Em mais um dia de grandes vitórias da resistência palestina, 4 soldados israelenses foram libertas em Gaza, em troca “Israel” foi obrigado a libertar 200 reféns palestinos

Em um dia histórico para a Palestina, o Estado de “Israel” foi obrigado a se dobrar às exigências do Hamas e libertar 200 prisioneiros palestinos, dentre eles importantes dirigentes que estava nas prisões sionistas há décadas. Em troca, a resistência libertou 4 soldados israelenses capturadas no dia 7 de outubro durante gloriosa operação Dilúvio de al-Aqsa. A festa em Gaza e na Cisjordânia foi gigantesca, a derrota do sionismo foi do mesmo tamanho.

Três ônibus transportando os reféns palestinos chegaram à cidade de Ramalá, na Cisjordânia, onde foram recebidos com um grande ato público, estes continham 114 palestinos. Entre os prisioneiros estavam Mohammad al-Arida e Iad Jaradat, dois heróis da Operação Túnel da Liberdade, que conseguiram fugir da prisão israelense em 2021. Eles foram recapturados semanas depois, mas humilharam “Israel” com a fuga espetacular.

Multidões em Ramalá carregaram os prisioneiros libertos nos ombros e fizeram o sinal de vitória, enquanto os prisioneiros e detentos agradeceram à Resistência Palestina em Gaza. O prisioneiro com maior tempo de cárcere, Raed al-Saadi, passou 36 anos nas prisões da ocupação como parte de sua sentença de duas prisões perpétuas e 20 anos. Thabet al-Mardaui, acusado de cavar um túnel na prisão de Shatta e tentar escapar, também foi libertado.

Junto à chegada dos ônibus dos prisioneiros e detentos libertos na Cisjordânia, 16 palestinos chegaram ao Hospital Europeu de Gaza, na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, onde multidões se reuniram para recebê-los e cantaram em apoio à Resistência. Os jornalistas relatam que foi a maior festa em Gaza desde outubro de 2023.

Outros dois ônibus entraram no território egípcio transportando 70 prisioneiros palestinos com sentenças de prisão perpétua. O Estado de “Israel” exigiu que os mais importantes prisioneiros fossem exilados para fora de Gaza e da Cisjordânia, tamanho é o medo que os sionistas têm de sua militância. Aqui vale lembrar que Iahia al-Sinuar, o arquiteto do glorioso 7 de Outubro foi um dos prisioneiros libertos em 2011 em um acordo de troca conquistado pelo Hamas. “Israel” teme que novos Sinuar surjam com essa nova onda de libertações.

O povo palestino comemora a liberdade

Naji Bsharat, um dos reféns libertados, afirmou: “enquanto havia homens nas Brigadas al-Qassam atrás de mim, eu tinha esperança a cada dia, a cada hora. Quando um líder como [Iahia] Sinuar é aquele que sacrifica sua alma pelos seus irmãos, eu tenho esperança a cada hora, a cada minuto, a cada segundo. E quando meu mestre e a coroa da minha cabeça, Ismail Hanié, foi morto pelo seu povo, o que posso dizer? Eu não sou nada além de um soldado para al-Qassam. Os prisioneiros têm uma moral muito alta porque eles têm as Brigadas [al-Qassam] que os apoiam. Eles sabem quem está ao lado deles”.

Wael Al-Jaghoub, que ficou 24 anos preso, comentou: “eu não perdi a esperança por um único dia de que a resistência me libertaria… e ainda tenho esperança de que a resistência libertará aqueles que deixamos para trás”.

Outro prisioneiro liberto foi Al-Zaatari, preso em setembro de 2003, por participação nas Brigadas al-Qassam e por transportar o mártir Raed Misk, residente da cidade de Hebron, que realizou uma operação de martírio em um ônibus em Jerusalém ocupada em 19/8/2003, o que resultou na morte de 24 sionistas e no ferimento de outros cem. Ele ficou 22 anos preso e foi recebido nos braços do povo ao sair da prisão.

O Hamas também se pronunciou: “hoje, forçamos o criminoso ocupante a abrir as portas de suas celas para nossos prisioneiros heroicos, e este é o nosso compromisso com eles pela liberdade, e com nosso povo para continuar caminhando juntos no caminho da independência e autodeterminação”.

E ainda comentaram: “este é um dos dias imortais de nosso povo palestino, nos quais ele personifica seu caminho e suas escolhas, e confirma sua união em torno de sua resistência, e sua insistência em continuar no caminho do orgulho e dignidade, e alcançar seus objetivos legítimos de liberdade e a criação de seu estado independente com Al-Quds [Jerusalém] como sua capital”.

A derrota do sionismo

As Brigadas al-Qassam do Hamas também publicaram um vídeo com a libertação das prisioneiras israelenses em Gaza. Estas foram conduzidas a um palco na Cidade de Gaza, no meio de uma grande multidão de palestinos e cercadas por dezenas de combatentes do Hamas. Elas acenaram e sorriram antes de serem conduzidas para os veículos da Cruz Vermelha e transportadas para as forças israelenses.

O semblante das prisioneiras do Hamas, como sempre, era de saúde, principalmente considerando que ficaram 15 meses sob pesado cerco sionista. Elas não estavam com nenhuma marca de ferimento e foram bem tratadas pelos combatentes e pela multidão de palestinos. Todo o evento foi uma enorme demonstração de força do Hamas e uma propaganda terrível para o Estado de “Israel”. Cai totalmente por terra a tese dos terroristas sanguinários. Enquanto isso, os reféns palestinos libertos revelam que terrorista de fato é o Estado de “Israel”.

Por fim, é preciso citar a repressão tanto do Estado de “Israel” quanto da Autoridade Palestina. Em um vídeo captado pela Al Jazeera é possível ver as forças de repressão da AP agredindo um palestino que tenta levantar uma bandeira do Hamas. Pelo quadro geral das imagens parece que a AP impôs uma proibição geral de bandeiras da resistência, as bandeiras do Fatá, que não lutou por 15 meses, são as que aparecem em destaque.

Ao mesmo tempo, o Estado de “Israel” tenta ampliar a repressão mesmo durante a sua derrota. O jornal sionista Haaretz relatou que o exército israelense invadiu às casas dos reféns palestinos soltos na Cisjordânia para intimidar as famílias. Mas nada que os israelenses façam pode diminuir o quadro de vitória total do Hamas que foi o dia 25 de janeiro. Um dia histórico que será lembrado eternamente por todos os oprimidos.

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