Nesta segunda-feira (17), foi realizada conferência do Alto Comitê do Hesbolá, para a organização do funeral de Saied Hassan Nasralá and Saied Hashem Safieddine, líderes do partido assassinados covardemente por “Israel” em 2024, durante a guerra.
Ali Daher, coordenador do Alto Comitê, informou que a cerimônia será realizada no Estádio Camille Chamoun, e que contará com representantes de 79 nove países. Daher também informou que o evento, que será um verdadeiro ato político em defesa da resistência contra o sionismo e o imperialismo, será realizado em 23 de fevereiro, quando “um novo capítulo será escrito na história do sangue triunfando sobre a espada”.
O atual líder do Hesbolá, o xeique Naim Qassem, também se pronunciou. Em declaração, o líder afirmou que “23 de fevereiro testemunhará um funeral excepcional para os excepcionais Sayyid Nasrallah e Sayyid Safi Al-Din. Nosso objetivo é fazer disso uma demonstração de apoio e comprometimento com seu caminho”. Expondo que o funeral será um grande ato político, Qassem afirmou que o evento mostrará que o “Hesbolá é forte, presente no terreno, e que não pode ser eliminado”.
Exortando o povo libanês a apoia o partido e a Resistência Islâmica, os únicos no Líbano a lutarem contra “Israel”, em apoio à Palestina, Qassem chamou as massas “para uma participação massiva e disciplinada no cortejo fúnebre”, pedindo também para “abster-se de tiros para manter a solenidade do evento e honrar o legado dos mártires”, mostrando também ciência de que há uma ofensiva de “Israel” e do imperialismo contra o Hesbolá, ofensiva que conta com apoio do atual governo libanês. Nesse sentido, Qassem também declarou que o Hesbolá se opõe “a qualquer ataque à UNIFIL e rejeitamos qualquer tentativa de colocar os apoiantes da resistência contra o seu próprio exército”.
Opondo-se ao governo pró-imperialista do Líbano, Qassem apelou “ao Estado libanês para que reverta a sua decisão de proibir a aterragem do avião iraniano”, decisão tomada um dia depois de porta-voz das forças israelenses de ocupação ter afirmado que o Irã estava enviando financiamento e suprimentos aos Hesbolá através de voos entre ambos os países.
Sobre esse servilismo do governo libanês perante o sionismo e o imperialismo, Qassem também declarou que “cumprir a ordem israelita relativa ao avião iraniano contradiz o conceito de soberania; o avião deveria ter sido autorizado a pousar”.
Falando sobre o termo final para que “Israel” retire do sul do Líbano suas tropas de ocupação, Qassem afirmou que “Israel deve retirar-se totalmente até 18 de fevereiro e o Estado libanês deve garantir que isso aconteça a tempo, deixando todos os locais ocupados” e que “se a ocupação persistir, todos os esforços concentrar-se-ão na sua resolução e o Estado libanês deve assumir uma posição firme sobre esta questão crucial”. Sobre isto, foi noticiado na imprensa sionista que um retirada será feita neste dia 18, mas que “Israel” permanecerá ocupando cinco locais, onde estruturas militares já estariam sendo construídas.
Nesse cenário, Qassam declarou que “o povo libanês tem o direito de confrontar a ocupação israelita e isto será abordado na declaração ministerial”.
O líder do Hesbolá afirmou também que o partido “não abandonará o povo – seja para fornecer abrigo, ajuda ou reconstrução”, mas destacando também a responsabilidade do governo libanês “após a retirada, o Estado libanês deve reconstruir o que a ocupação destruiu nas suas terras”.