Guerra no Líbano

Hesbolá: o povo libanês sabe que derrotou ‘Israel’

O secretário-geral do Hesbolá, xeique Naim Qassem, proferiu mais um discurso sobre a conjuntura política do Líbano e a situação da resistência contra a ocupação sionista

No domingo (2), o secretário-geral do Hesbolá, xeique Naim Qassem, proferiu mais um importante discurso. O Líbano se encontra em um impasse. O Estado de “Israel” foi derrotado pelo Hesbolá mas se recusa a cumprir o acordo de cessar-fogo. O povo volta em massa para o sul desafiando os tanques sionistas que ocupam vilas e cidades. O Hesbolá, nesse quadro de lenta derrota de “Israel” ainda não voltou a atacar. Nessa conjuntura as palavras do líder do maior partido libanês são muito relevantes.

Ele começou homenageando o Hamas: “oferecemos nossas condolências e felicitações ao povo palestino em luta pelo martírio do Chefe do Estado-Maior das Brigadas Al-Qassam, Comandante Mohammed Deif, e de seu vice, Maruan Issa. Parabenizamos o povo palestino pela libertação de prisioneiros e pelas conquistas alcançadas”.

Depois passou a tratar da situação libanesa: “consideramos que o Estado libanês tem total responsabilidade de acompanhar e exercer pressão, por meio de mediadores, para colocar um fim a essa violação e agressão israelense. Esses não são meros incidentes, mas sim atos de agressão, e o Estado libanês deve tratá-los com firmeza. Se os Estados Unidos se consideram mediadores, então que sejam pressionados a garantir o cumprimento do acordo”.

E segue: “a resistência é um caminho e uma escolha, e agimos com base em nossas próprias avaliações, no momento certo. Há uma campanha coordenada liderada pelos Estados Unidos, “Israel” e países estrangeiros, acompanhada por um setor interno que promove o derrotismo. Nunca reivindicamos uma vitória absoluta — esta é uma batalha que envolve tanto ganhos quanto perdas. Nosso povo compreende que obteve vitórias em alguns aspectos, enquanto enfrentou perdas em outros, e falamos de vitória em termos de firmeza, de ruptura da invasão israelense e de impedimento do inimigo de eliminar a resistência”.

Naim Qassem então trata da migração em massa do povo libanês de volta para o sul, uma enorme demonstração de fraqueza do Estado sionista.

“O retorno do povo do Sul do Líbano é um testemunho do movimento de libertação popular e de uma postura nobre para recuperar a terra. Estamos testemunhando uma resistência lendária, raramente vista antes. O povo honrado, junto com sua resistência e seu exército, foram aqueles que libertaram o Líbano. O povo está lado a lado com o Exército Libanês e com a resistência firme. A libertação popular é complementar à resistência armada jiadista e ao Exército Libanês. O Sul do Líbano declara que “Israel” não tem lugar para permanecer ali ou continuar sua ocupação, e que fique claro que os sacrifícios levarão à plena libertação da terra. Aqueles que se mantêm fiéis aos seus princípios não se rendem sob pressão. A submissão aos Estados Unidos não nos seduz. A Resistência Islâmica permanecerá, o Hesbolá permanecerá, e não mudaremos nossa direção nem nossas convicções”.

Qassem ainda abordou o assassinato do lendário líder do Hesbola, Hassan Nasseralá: “nosso exaltado mártir, Saied Hassan Nasseralá, foi martirizado em um momento de extrema dificuldade, quando um funeral adequado não foi possível. O mártir Nasseralá conquistou os corações da nação e do mundo, tornando-se um verdadeiro símbolo, modelo e ícone. Decidimos que o funeral ocorrerá no domingo, 23 de fevereiro de 2025. Durante o funeral, Saied Hashem Safieddine será formalmente reconhecido como Secretário-Geral, pois sua eleição foi concluída quatro dias antes de seu martírio. Assim, Saied Hashem Safieddine foi martirizado como Secretário-Geral”.

E conclui: “o lema do funeral será: ‘de fato, permanecemos firmes em nossa promessa’. Pedimos a todos que não disparem tiros — nem durante o funeral, nem antes, nem em qualquer lugar — pois isso é um ato prejudicial e condenável, que coloca vidas em perigo”.

A escolha do dia 23 de fevereiro demonstra que o Hesbolá está confiante de que o Estado de “Israel” irá se retirar ainda este mês do sul do Líbano. Alguns setores do governo afirmaram que a nova data limite seria no dia 18. Mas é possível que o velório aconteça ainda com a ocupação do sul do país dado que ele será na capital, Beirute.

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