Em um momento de tensões crescentes na fronteira sul do Líbano, o parlamentar Hassan Ezzedine, do Bloco da Lealdade à Resistência – braço político do Hesbolá –, declarou que a organização de resistência libanesa não apenas recuperou sua força plena, mas alcançou o “ápice de seu poder”, tornando-se “invencível e impossível de ser derrotada”. A afirmação, feita nesta terça-feira (21), é um alerta firme contra as contínuas violações israelenses ao cessar-fogo, reforçando o compromisso do Hesbolá em proteger a soberania libanesa e a dignidade de seu povo diante do que Ezzedine chamou de “terrorismo econômico e psicológico” promovido pelo regime sionista.
Em meio a uma guerra de quase 14 meses que expôs as fragilidades militares de “Israel” – com pesadas perdas e o fracasso em alcançar seus objetivos expansionistas –, o Hesbolá emerge como pilar inabalável da defesa nacional. O cessar-fogo, negociado e efetivado em 27 de novembro de 2024, foi estendido pelo Líbano até 18 de fevereiro de 2025, mas continua sendo sistematicamente violado por ataques aéreos israelenses no sul do país. Esses bombardeios, segundo Ezzedine, visam nada mais que “intimidar a população, destruir veículos civis e infraestrutura essencial”, em uma tática desesperada para quebrar a vontade do povo libanês. “Não nos renderemos. Estamos firmes com determinação e motivação para defender a pátria, a dignidade e a honra de nossa sociedade”, enfatizou o deputado, rejeitando qualquer ilusão de submissão.
A resistência libanesa, parte integrante do Eixo da Resistência regional que une forças palestinas, iranianas e iemenitas contra o domínio imperialista, demonstra capacidade plena para repelir qualquer incursão terrestre ou tentativa de ocupação israelense. Ezzedine alertou que as tropas do ocupante serão obrigadas a recuar das posições ilegalmente mantidas no sul do Líbano, incluindo localidades como Labbouneh, Monte Blat, Colina Owayda, Aaziyyeh e Colina Hammamis – pontos estratégicos próximos à fronteira que “Israel” persiste em controlar, em flagrante desrespeito ao direito internacional.
O parlamentar libanês foi categórico ao condenar qualquer proposta de negociações diretas com “Israel” que visem à normalização de relações ou à paz falsa sob os termos do agressor. “Se se trata de uma comissão tripartite para delinear fronteiras e resolver disputas, o governo pode lidar como antes. Mas se o objetivo for estabelecer laços ou normalizar com o regime sionista, isso é categoricamente condenado e rejeitado”, declarou Ezzedine. Ele lamentou que “uma maioria da nação libanesa repudia tais relações” e expressou decepção com legisladores e figuras políticas locais que, em aparições televisivas, promovem essas atuam influenciadas por interesses externos.
Essa postura reflete o consenso popular no Líbano: o Hesbolá não é apenas uma força militar, mas um símbolo de unidade nacional contra a opressão imperialista.





