Acordo de cessar-fogo

Hamas volta a denunciar procrastinação do governo israelense

Entidade sionista não retirou tropas do Corredor Filadélfia e está bloqueando ajuda humanitária

Nessa segunda-feira (10), “Israel” continuou, pelo nono dia consecutivo, seu bloqueio de alimentos e água na Faixa de Gaza. De acordo com fontes locais, os alimentos estão escassos no mercado e as pessoas só encontram comida enlatada. Enquanto isso, três irmãos palestinos foram assassinados por veículos aéreos não tripulados (VANTs) das forças de ocupação que bombardearam um grupo de civis em Al-Bureij, no centro da Faixa de Gaza.

Várias outras pessoas ficaram feridas no mesmo dia. Um homem desmembrado chegou ao Hospital Europeu após ser alvo das forças de ocupação a leste de Rafá; o sul de Gaza, uma mulher foi baleada pelas forças de ocupação perto da Mesquita Helmi Saqr, em Tel Al-Sultan, a oeste de Rafá; e um pescador ficou ferido após ser atingido por tiros disparados por barcos de guerra israelenses perto do porto de Gaza.

Em meio às sucessivas violações do acordo de cessar-fogo por parte da entidade sionista, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe), que lidera a luta contra a ocupação israelense, emitiu uma declaração pública reafirmando o “total compromisso com o acordo de cessar-fogo, com a implementação do que foi acordado e com nossa prontidão para iniciar imediatamente as negociações para a segunda fase”. O Hamas, no entanto, denunciou que “Israel” continua descumprindo o acordo e se recusa a iniciar a sua segunda fase, “expondo suas intenções de evasão e procrastinação”.

O Hamas acusa o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, de, pressionado pela extrema direita, que sustenta o seu governo, estar obstruindo a implementação do acordo “por razões puramente pessoais e políticas, sem qualquer preocupação real com a libertação dos prisioneiros ou com os sentimentos de suas famílias”. A organização islâmica lembrou que “o acordo foi mediado por negociadores e testemunhado pelo mundo, o que exige que a ocupação seja responsabilizada por sua implementação, pois essa é a única via para o retorno dos prisioneiros”.

Apesar de sua decisão firme em cumprir com o acordo de cessar-fogo, o Hamas deixou claro que as tentativas do sionismo e do imperialismo de pressionar o partido não serão bem-sucedidas. “A linguagem da chantagem e das ameaças de guerra não terá sucesso—não há alternativa além das negociações e do respeito ao acordo”, declarou o grupo.

Em outro comunicado, o Hamas denunciou “Israel” por não cumprir com a redução gradual de suas forças no Eixo Salah al-Din (Corredor Filadélfia) durante a primeira fase, nem iniciou a sua retirada no 42º dia, conforme estipulado no acordo. De acordo com o combinado, a retirada deveria ter sido concluída totalmente até o 50º dia, o que não aconteceu.

Também na segunda-feira (10), o comandante do partido iemenita Ansar Alá, Saied Abdulmalik Badr El-Din Al-Houthi, em seu discurso público, comentou a situação na Faixa de Gaza. A liderança árabe destacou que as Forças Armadas do Iêmen “estão totalmente preparadas para realizar operações” caso “Israel” não permita a entrada de alimentos e suprimentos em Gaza no prazo estipulado pelo Ansar Alá.

“Medidas militares entrarão em vigor no momento em que o prazo expirar, caso a ajuda não entre em Gaza”, destacou Al-Houthi.

Ele ainda assinalou que “cabe aos governos árabes e islâmicos garantir a entrada da ajuda em Gaza e exercer pressão para que isso aconteça”.

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