Em 31 de julho de 2024, o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã anunciou o martírio de Ismail Hanié, o então líder do birô político do Movimento de Resistência Islâmica da Palestina (Hamas), e de um de seus guarda-costas, durante um ataque covarde perpetrado por “Israel” contra sua residência em Teerã. Hanié estava na capital iraniana em visita oficial para participar da cerimônia de posse do presidente do país persa, Masud Pezeshkian, pouco tempo após a morte de Ibrahim Raisi, vítima de um acidente de helicóptero em circunstâncias suspeitas.
Em dezembro de 2024, o governo israelense admitiu publicamente, pela primeira vez, sua participação no assassinato de Hanié. Na ocasião, o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou: “tal como fizemos com Hanié, (Iahia) Sinuar e (Hassan) Nasseralá em Teerã, Gaza e Líbano, faremos também em Hodeida e Sanaa”, ameaçando os líderes da revolução iemenita.
Em reação às declarações, a República Islâmica do Irã afirmou que “essa confissão audaciosa e descarada do assassinato de um dirigente político em território soberano de um Estado-membro das Nações Unidas expõe, mais uma vez, a responsabilidade internacional do regime israelense por seus atos de terrorismo e agressão”.
Contrariando a versão oficial, a emissora israelense Canal 12 afirmou, recentemente, que “Ismail Hanié foi assassinado ao colocarem uma bomba em seu travesseiro pessoal”.
No entanto, o Hamas emitiu, no último domingo (29), um comunicado rejeitando completamente as mentiras propagadas por “Israel” sobre os supostos detalhes da operação de assassinato de Ismail Hanié.
“Confirmamos que as investigações conduzidas pelo comitê conjunto entre nossos serviços especiais de segurança e os serviços de segurança iranianos concluíram que o assassinato foi realizado por meio de um míssil guiado com 7,5 quilos de explosivos, que apontou diretamente para o telefone celular pessoal do mártir.”
O comunicado também classifica as alegações do Canal 12 como “uma tentativa desesperada de desviar a atenção desse crime complexo, que incluiu a violação da soberania da República Islâmica do Irã com um míssil direcionado contra uma de suas instalações oficiais”.
Em outubro passado, em resposta ao assassinato de líderes da Resistência, a Guarda Revolucionária do Irã realizou o maior ataque a “Israel” em décadas.