Na segunda-feira (10), o Hamas anunciou que não daria procedimento a troca de prisioneiros marcada para sábado (15) devido as infrações do acordo de cessar-fogo realizadas pelo Estado de “Israel”.
O comunicado publicado pelo partido mais popular da Palestina afirma que:
O Hamas reafirma seu compromisso com os termos do acordo enquanto a ocupação sionista os cumprir.
O Hamas cumpriu todas as suas obrigações com precisão e dentro dos prazos acordados.
A ocupação não aderiu aos termos do acordo e cometeu múltiplas violações, incluindo:
- Atraso no retorno dos deslocados ao norte de Gaza.
- Ataques contra nosso povo por meio de bombardeios e disparos, resultando em inúmeras mortes em diversas áreas da Faixa.
- Bloqueio da entrada de suprimentos essenciais de abrigo, incluindo tendas, casas pré-fabricadas, combustível e equipamentos para remoção de escombros necessários para recuperar corpos.
- Atraso na entrada de suprimentos médicos e itens essenciais para restaurar hospitais e o setor de saúde.
O Hamas documentou as violações da ocupação e as forneceu continuamente aos mediadores, mas a ocupação persiste em suas infrações.
O Hamas exige adesão estrita ao acordo, sem seletividade, priorizando questões menos críticas enquanto atrasa e bloqueia as mais urgentes e importantes.
O adiamento da libertação dos prisioneiros serve como um aviso à ocupação e um meio de pressioná-la a cumprir os termos do acordo com exatidão.
O Hamas deliberadamente fez este anúncio cinco dias antes da troca de prisioneiros programada, a fim de dar tempo suficiente aos mediadores para pressionar a ocupação a cumprir suas obrigações e manter a possibilidade de realizar a troca dentro do prazo, caso a ocupação cumpra com seus compromissos.”
O posicionamento do Hamas abriu uma crise no governo israelense. A extrema direita tenta aproveitar o momento para reiniciar a guerra. Mas a maior parte do regime político está pressionada a aceitar as exigências do Hamas, ou seja, cumprir o acordo.