Genocídio na Palestina

Hamas faz novo chamado por mobilização contra bloqueio em Gaza

Movimento de Resistência Islâmica cobra abertura imediata das passagens e responsabiliza ocupação sionista por agravamento da crise humanitária

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) divulgou, nesta segunda-feira (17), um novo apelo internacional exigindo o fim imediato do bloqueio imposto pelo regime sionista à Faixa de Gaza e a abertura das passagens para a entrada de suprimentos essenciais. No comunicado, o Hamas convocou “a nação árabe e os povos livres do mundo” a intensificar a pressão sobre a ocupação e seus aliados para cessar os ataques, cumprir o protocolo humanitário e permitir o fluxo de ajuda.

Segundo o partido palestino, a situação humanitária em Gaza atingiu um nível crítico. Há dois anos sob uma política de extermínio, mais de dois milhões de palestinos enfrentam escassez extrema de alimentos, medicamentos, água potável e abrigo, além da destruição total do sistema de saúde. O Hamas afirmou que as condições representam “um perigo real para a vida de civis indefesos”, especialmente com a chegada do inverno.

A organização responsabilizou integralmente o regime sionista pelas violações constantes do acordo de cessar-fogo e pela escalada da ofensiva contra a população. Desde a entrada em vigor do acordo, em 11 de outubro, uma conquista histórica para a resistência, 266 palestinos foram assassinados e 635 ficaram feridos por disparos das forças de “Israel”.

Entre as denúncias está o fechamento contínuo de todas as passagens, incluindo a de Rafá, fundamental para a entrada de suprimentos e evacuação de feridos. O Hamas destacou que a ocupação impede deliberadamente operações de resgate e distribuição de ajuda, agravando ainda mais as condições de vida em Gaza.

No domingo (16), a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que mais de 900 pacientes morreram à espera de evacuação médica, barrada pelo bloqueio imposto por “Israel”. De acordo com a entidade, cerca de 16.500 pessoas aguardam autorização para deixar Gaza em busca de tratamento, entre elas 4.000 crianças em estado grave.

O Hamas chamou o quadro de resultado direto da política de cerco, afirmando que o bloqueio às ambulâncias e à transferência de doentes constitui parte da ofensiva dirigida contra a população.

O Movimento de Resistência Islâmica reiterou o apelo para que governos e organizações que atuam como garantidores do acordo intensifiquem a pressão diplomática sobre a ocupação. A exigência central é o cumprimento do protocolo humanitário e a abertura imediata de todas as passagens, com prioridade para Rafá, a fim de garantir a entrada de alimentos, medicamentos, abrigos emergenciais e a saída de pacientes.

O comunicado alerta ainda que o “silêncio internacional” diante dos crimes em curso contribui diretamente para aprofundar a tragédia humanitária. O movimento conclama povos árabes, islâmicos e setores solidários em todo o mundo a intensificar manifestações, campanhas e ações de denúncia contra o cerco e os ataques.

Confira a declaração do Hamas na íntegra:

“Em Nome de Deus, o Mais Clemente, o Mais Misericordioso.

Um chamado à nação e aos povos livres do mundo para que continuem a mobilização a fim de pressionar a ocupação e seus apoiadores a interromper seus ataques, pôr fim ao cerco e abrir as passagens.

A crescente catástrofe humanitária na Faixa de Gaza exige ação urgente para salvar civis e permitir a entrada de ajuda, tendas e casas pré-fabricadas.

As condições trágicas vividas pelo nosso povo palestino — dois anos após a guerra de extermínio na Faixa de Gaza, incluindo a falta de alimentos, remédios, água potável, tendas e itens básicos de abrigo, além do colapso do sistema de saúde — representam um perigo real para a vida de civis indefesos, incluindo crianças e mulheres, especialmente durante o inverno e as fortes chuvas.

Consideramos a ocupação sionista fascista totalmente responsável por suas violações contínuas do acordo de cessar-fogo, pela escalada de sua agressão contra nosso povo na Faixa de Gaza, pelo fechamento contínuo das passagens e pela obstrução da entrega adequada de ajuda humanitária e de socorro.

Conclamamos os países garantidores do acordo a pressionarem a ocupação para obrigá-la a implementar o protocolo humanitário, abrir as passagens — principalmente a passagem de Rafá — para a entrada de ajuda de socorro e médica, tendas e itens emergenciais de abrigo, bem como permitir a saída dos doentes e a circulação de pessoas em ambas as direções.

Reafirmamos que a continuidade do silêncio internacional e da incapacidade diante dos crimes em curso cometidos pela ocupação fascista na Faixa de Gaza ameaça aprofundar ainda mais a tragédia humanitária vivida por mais de dois milhões de palestinos sitiados, privados do mais básico para a sobrevivência em decorrência da selvagem guerra de extermínio.

Dirigimos nosso apelo às massas de nossa nação árabe e islâmica e aos povos livres do mundo para que deem continuidade ao movimento popular e às atividades de massa, com o objetivo de pressionar a ocupação e seus apoiadores a interromper seus ataques contra civis, pôr fim ao cerco e abrir de forma permanente as passagens para a entrada de ajuda e das necessidades urgentes de abrigo na Faixa de Gaza.”

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