O porta-voz do Hamas Abdul Latif al-Qanou, afirmou que o movimento tem demonstrado flexibilidade nas negociações mediadas por Egito, Catar e o enviado de Donald Trump, Adam Boehler. Em declarações recentes, ele destacou que o Hamas aguarda os resultados das próximas conversas, exigindo que “Israel” cumpra os acordos para avançar à segunda fase do cessar-fogo. As discussões focam no fim da guerra, retirada total das forças israelenses e reconstrução de Gaza.
Al-Qanou enfatizou que o Hamas aderiu completamente à primeira fase do acordo, priorizando abrigo e ajuda humanitária para os palestinos, além de um cessar-fogo permanente. Ele rejeitou as ameaças israelenses de retomar operações militares e cortar eletricidade, chamando-as de “táticas fracassadas” que põem em risco prisioneiros israelenses. Segundo ele, qualquer libertação de reféns só ocorrerá via negociações. O Hamas também aprovou uma proposta egípcia para criar um comitê de apoio comunitário em Gaza, visando melhorar a situação dos moradores.
No sábado, a delegação do Hamas, liderada por Mohammad Darwish, chefe do Conselho Shura, concluiu uma visita ao Egito, onde se reuniu com o chefe da Inteligência, Major General Hassan Rashad. Os debates abordaram o cessar-fogo e a troca de prisioneiros, sendo descritos como “positivos e responsáveis” pelo Hamas, que elogiou os esforços egípcios contra planos de deslocamento forçado. Boehler, em entrevista ao Canal 13 de Israel, chamou o encontro com o Hamas de “muito eficaz” e não descartou novas reuniões, afirmando que os EUA agem por seus próprios interesses, sob ordens de Trump.
