O miliciano Yasser Abu Xabab, apontado como líder de uma força armada pró-sionista na região de Rafá, no sul da Faixa de Gaza, foi eliminado na tarde de terça-feira (2) em uma ação atribuída ao Hamas. A morte foi confirmada por veículos israelenses, que descreveram o episódio como “ruim para Israel”, reconhecendo a importância do miliciano para os planos de controle da região.
Abu Xabab comandava uma estrutura conhecida como Popular Forces, milícia armada patrocinada por “Israel”. De acordo com reportagens, o grupo era responsável por vigiar e reprimir setores da população sob ocupação e saqueava sistematicamente a ajuda humanitária que chegava a Rafá, em especial caminhões com alimentos e suprimentos.
Segundo o canal Kan, Abu Xabab se reunira em 11 de novembro com o enviado norte-americano Jared Kushner, em um quartel de comando dos Estados Unidos no sul da Palestina ocupada, para discutir o papel de suas forças em áreas consideradas, pelo ocupante, “fora do controle do Hamas”.
A rádio do exército israelense informou que armas apreendidas anteriormente com o Hamas foram entregues à milícia de Abu Xabab, incluindo fuzis Kalashnikov. Oficiais de alta patente, porém, haviam advertido contra a formação de tais grupos, lembrando a experiência fracassada de milícias colaboracionistas no sul do Líbano, cuja “destinação inevitável”, segundo eles próprios reconhecem, é a eliminação.
Logo após a notícia da morte, a força de segurança Rade’, ligada à resistência palestina, divulgou uma foto de Abu Xabab com a legenda: “como dissemos, ‘Israel’ não irá protegê-lo”.





