O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) celebrou nesta segunda-feira (13) a libertação de quase dois mil palestinos das prisões da ocupação sionista, no que chamou de “uma conquista nacional” e “um marco brilhante” na luta de todo o povo pela libertação. A nota oficial, intitulada A libertação dos prisioneiros é uma conquista nacional e um marco brilhante em nosso caminho de luta, apresenta o episódio como parte direta da ofensiva vitoriosa da Resistência, que forçou o inimigo a libertar os prisioneiros após dois anos de tortura e repressão.
Segundo o partido palestino, a libertação representa uma vitória coletiva e demonstra a força da unidade nacional. “O Dilúvio dos Livres é uma conquista nacional histórica que incorporou a unidade de nosso povo”, declarou o Hamas, acrescentando que a resistência e a firmeza diante da ocupação “são o caminho para libertar a terra e construir o Estado palestino independente”.
O comunicado destaca que a libertação foi recebida com grande emoção na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, onde famílias e comunidades inteiras celebraram o retorno dos prisioneiros. “A imensa alegria das famílias dos prisioneiros libertados […] é uma expressão da força e da firmeza de nosso povo”, afirmou o movimento, lembrando que essas celebrações acontecem “apesar da dor e da gravidade das feridas” provocadas pela guerra e pelo bloqueio.
Em meio à comemoração, o Hamas apontou o caráter político da vitória. O grupo afirmou que “o criminoso de guerra [Bejnamin] Netaniahu e sua gangue extremista”, apoiados por figuras como Ben Gvir e Smotrich, “não podem arrancar a alegria de nosso povo pela conquista da Resistência”, que teria, segundo a nota, “quebrado sua arrogância e frustrado seus planos”.
O partido palestino também denunciou as condições desumanas a que os prisioneiros palestinos foram submetidos durante os últimos dois anos. O texto cita “torturas psicológicas e físicas hediondas”, que revelariam “as formas mais cruéis de sadismo e fascismo da era moderna”. Diante disso, o Hamas exigiu que as organizações internacionais de direitos humanos assumam sua responsabilidade e “ajam urgentemente para acabar com as violações da ocupação e garantir a liberdade dos prisioneiros”.
Em contraste, o Hamas afirmou que tratou os prisioneiros israelenses “de acordo com seus valores islâmicos, nacionais e civilizados”, preservando suas vidas mesmo sob intenso bombardeio. O comunicado ressalta que, enquanto a Resistência cumpre seus compromissos, “o exército de ocupação persiste diariamente em humilhar e torturar nossos heroicos prisioneiros”.
Encerrando a nota, o partido reafirma que a libertação dos palestinos presos permanecerá “no cerne de suas prioridades nacionais”.
Leia a nota na íntegra:
A Libertação dos prisioneiros é uma conquista nacional e um marco brilhante em nosso caminho de luta
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) parabeniza nossos prisioneiros livres, suas famílias pacientes e o público de nosso orgulhoso povo palestino pela conquista de sua libertação das prisões da ocupação. Esta é uma estação nacional brilhante em nosso caminho contínuo de luta em direção à liberdade e à libertação.
O Dilúvio dos Livres é uma conquista nacional histórica que incorporou a unidade de nosso povo e confirmou que sua resistência e sua adesão à sua terra e aos seus direitos nacionais são o caminho para libertar a terra, alcançar o retorno e construir o Estado palestino independente.
A imensa alegria das famílias dos prisioneiros libertados na gloriosa Gaza e na orgulhosa Cisjordânia enche os corações e inunda os lares e as praças, apesar da dor e da gravidade das feridas, e é uma expressão da força e da firmeza de nosso povo que não pode ser quebrada pelos crimes do inimigo.
O criminoso de guerra Netaniahu e sua gangue extremista, e por trás deles, pessoas como Ben Gvir e Smotrich, não podem arrancar a alegria de nosso povo pela conquista da Resistência no Dilúvio dos Livres, que foi batizado com sangue e sacrifícios, e que quebrou sua arrogância e frustrou seus planos.
A alegria de hoje com a libertação de nossos heroicos prisioneiros no Dilúvio dos Livres é um marco importante em um caminho contínuo até a realização da libertação completa da terra e dos locais sagrados.
Nossos prisioneiros libertados revelaram a mais hedionda tortura psicológica e física a que foram submetidos por dois anos inteiros, em uma cena que incorpora as formas mais cruéis de sadismo e fascismo da era moderna.
Esses crimes sistemáticos contra prisioneiros colocam as organizações de direitos humanos e humanitárias em todo o mundo diante de suas responsabilidades de agir urgentemente para acabar com as violações da ocupação e garantir sua liberdade.
A Resistência tratou os prisioneiros do inimigo de acordo com seus valores islâmicos, nacionais e civilizados, preservando suas vidas apesar dos perigos, enquanto o criminoso exército de ocupação persiste diariamente em humilhar e torturar nossos heroicos prisioneiros em suas prisões.
Nossa brava Resistência foi criativa em cumprir sua promessa a nossos prisioneiros livres; uma promessa, um pacto e uma fidelidade a seus sacrifícios e luta, pois a libertação de prisioneiros das prisões do inimigo tem sido e continuará a ser o cerne de suas prioridades nacionais.
Movimento de Resistência Islâmica – Hamas
Segunda-feira: 21 de Rabee’ al-Aakhir de 1447 AH
Correspondente a 13 de outubro de 2025 DC





