No Dia Internacional em Memória e Homenagem às Vítimas do Terrorismo, celebrado em 21 de agosto, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) divulgou um comunicado no qual acusa a ONU e a comunidade internacional de hipocrisia diante do terrorismo sionista.
Segundo o texto, “nosso povo palestino é vítima de um terrorismo bárbaro e contínuo praticado por um governo fascista à vista e ao ouvido do mundo”. O grupo afirma que cabe à comunidade internacional criminalizar os responsáveis, levá-los a julgamento e agir concretamente para pôr fim à ocupação da Palestina.
O Hamas também acusou os Estados Unidos e países imperialistas de cumplicidade, denunciando sua participação no “apoio à ocupação nazissionista”, que, segundo o movimento, vem promovendo “guerra de genocídio e fome” contra a população de Gaza. O comunicado cita que, em 685 dias de ofensiva, mais de 62 mil palestinos morreram e cerca de 160 mil ficaram feridos, “a maioria mulheres e crianças”.
A organização afirmou que a celebração promovida pela ONU deve ser acompanhada de medidas concretas. “A realização do lema ‘Homenagem às Vítimas do Terrorismo’ não virá apenas com a emissão de declarações e comunicados”, destacou o movimento, exigindo o fim da ocupação israelense, julgamentos de líderes por crimes de guerra e a responsabilização de quem, segundo eles, pratica “bombardeio, fome e cerco”.
O texto ainda sustenta que as vítimas palestinas “não são apenas números”, mas sim mártires de um “terrorismo sionista praticado por um ocupante assassino, com apoio americano e negligência e encobrimento internacional”.
Em outro trecho, o Hamas condena a postura dos Estados Unidos e de países aliados. “Denunciamos nos termos mais fortes a política de dois pesos e duas medidas adotada pelos Estados Unidos e por alguns países e organizações, ao lado do carrasco em vez da vítima, o que os torna responsáveis pela cumplicidade e apoio a este terrorismo sionista”, declarou.
Ao final, o grupo convoca a ONU e entidades humanitárias a utilizar a data como um marco para pressionar por ações práticas. O comunicado pede que o dia seja “uma ocasião global para lembrar as vítimas de nosso povo palestino” e para reforçar a necessidade de “parar a agressão, o genocídio e a fome, e julgar os líderes da ocupação”.





