Diante do ataque israelense à cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, que conta com o apoio das forças de repressão da Autoridade Palestina, o Hamas se pronunciou em um comunicado.
Na quarta-feira (22), publicaram: “a colaboração da Autoridade Palestina no ataque da ocupação ao campo de Jenin é uma traição ao nosso povo e uma negação ao sangue dos mártires”.
Ele destaca que: “condenamos veementemente o contínuo derramamento de sangue palestino pelas mãos das forças de segurança da Autoridade na Cisjordânia, recentemente evidenciado pelo tiroteio contra o jovem Mohammed Shadi Al-Sabbagh, do campo de Jenin. Além disso, o cerco ao hospital Al-Razi, a perseguição a combatentes da resistência e a prisão de feridos representam comportamentos que ultrapassam todos os limites e violam a ética nacional”.
E segue: “o momento dessas graves violações, juntamente com a agressão da ocupação contra Jenin, não deixa dúvidas de que a coordenação de segurança da Autoridade com a ocupação atingiu níveis catastróficos. Essa política, rejeitada por todos os componentes do nosso povo palestino e das organizações da resistência, serve ao ocupante e seus colaboradores”.
O Hamas então convocou as organizações e lideranças a “se levantarem vigorosamente contra os excessos perigosos da Autoridade”. E também chama por esforços “nacionais coordenados para enfrentar o ataque aos combatentes da resistência, deter a crescente agressão da ocupação na Cisjordânia e intensificar as atividades de resistência para que o ocupante pague o preço por seus crimes contínuos e sem precedentes”.
A Autoridade Palestina começou seu ataque à Jenin em dezembro de 2024. Na terça-feira (21), foi lançada a operação Muro de Ferro, por “Israel”, que conta com a colaboração da AP.