Na última quarta-feira (9), o Hamas emitiu comunicado condenando os bombardeios do enclave imperialista em Rafá, no sul de Gaza, que destruíram casas e infraestrutura. O grupo classificou os ataques como “escalada perigosa” na guerra contra os palestinos, denunciando uma “política de extermínio” conduzida por “Israel”. A ofensiva, segundo o Hamas, busca isolar Gaza de sua conexão árabe e impor genocídio e deslocamento forçado, viabilizados pelo silêncio internacional.
No texto, o partido afirma: “o bombardeio de residências em Rafá e a destruição de infraestrutura é uma escalada perigosa na brutal guerra de extermínio contra nosso povo”. Acrescenta ainda que os atos são “tentativa patética de alcançar vitória militar por meio de crimes de guerra e violações do direito internacional”.
A organização criticou o primeiro-ministro da ditadura sionista, Benjamin Netaniahu, por anunciar o “Corredor Filadélfia 2”, que, segundo o Hamas, visa sufocar Gaza, não apenas atacar Rafá. “O que ocorre em Rafá é uma política de genocídio, limpeza étnica e deslocamento forçado, impossível sem silêncio regional e global”, diz o comunicado, que conclui com um apelo: “chamamos nossa nação e os povos livres do mundo a erguerem suas vozes contra esses crimes e tomarem posições efetivas para deter a agressão”.
Desde outubro de 2023, “Israel” intensificou ataques em Rafá, matando mais de 36 mil palestinos em Gaza, conforme o Ministério da Saúde local. A ONU estima que 1,9 milhão de pessoas foram deslocadas, muitas abrigadas em Rafá, agora sob fogo. A escalada coincide com o bloqueio de ajuda humanitária, agravando a crise na região.