“Serão eles [os militares ucranianos] capazes de aguentar pelo menos meio ano? Um ano? Não importa, porque na verdade a guerra já está perdida“.
Não, estas palavras não foram ditas por um porta-voz do Ministério da Defesa da Federação Russa, ou por algum assessor especial do presidente Vladimir Putin, mas apareceram nas páginas do jornal francês, Le Figaro, um dos mais importantes porta-vozes da direita francesa e do velho continente. O jornal faz referência, sem ressalvas, à impossibilidade das forças ucranianas reverterem a situação de derrota iminente na guerra. Isso em função não somente da superioridade bélica, mas também e principalmente em razão dos sucessivos triunfos obtidos pelas forças russas no campo de batalha em todas as frentes.
As afirmações trazidas pelo jornal francês, mostram claramente que a capacidade de recuperação das forças ucranianas é praticamente nula, irreversível, tamanho o avanço que se vê das trupas russas, seja recuperando territórios, seja neutralizando a capacidade de ação do exército inimigo.
Por sua vez, o jornal suíço Neue Zurcher Zeitung aponta que “os ucranianos não têm força para um ataque repentino em qualquer parte do front, e até mesmo ataques pontuais na profundidade do território russo são ineficazes“.
Os números não deixam dúvidas em relação à capacidade superior do exército russo, como também da eficácia das unidades de combate russas. Somente nos últimos 10 dias, operações de ataques ao exército ucraniano eliminaram 1220 soldados ucranianos, além de centenas de equipamentos de combate, tanques, blindados, caminhonetes, peças de artilharia de campo etc.
O Ministério da Defesa informou ainda que uma bem sucedida operação eliminou por completo três sistemas ucranianos de defesa antiaérea de fabricação estadunidense e duas estações de radar AN/MPQ-65.
O prolongamento da guerra se apresenta, portanto, como uma necessidade do imperialismo, por sua política agressiva e belicista, o que já sacrificou milhares de jovens vidas ucranianas nos campos de batalha. Eles (o imperialismo) são os primeiros a saber (e sabem muito bem) que o exército ucraniano, mesmo recebendo todo o tipo de material bélico, não reúne qualquer capacidade de enfrentamento contra um dos mais bem equipados e treinados exércitos do mundo, o russo. A continuidade do confronto no Leste Europeu, assim, se configura como uma necessidade imperiosa do capitalismo em sua fase superior de decadência e destruição, o que nada mais é do que uma tentativa desesperada para ver garantido os interesses dos países imperialistas que sustentam o conflito, inclusive apontando para um novo patamar da guerra, com o aumento dos gastos orçamentários militares da União Europeia.



