Maranhão

Greve dos rodoviários segue pelo segundo dia na Grande São Luís

Desfecho da greve depende agora da audiência de conciliação no TRT-MA. Enquanto isso, milhares de trabalhadores seguem sem transporte

A greve dos rodoviários do transporte público de São Luís e região metropolitana chegou ao segundo dia nesta terça-feira (18), afetando cerca de 700 mil pessoas. Sem acordo entre o Sindicato das Empresas de Transporte (SET) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema), a paralisação continua, mesmo diante da determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA) para que 80% da frota seguisse em operação, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento.

Uma audiência de conciliação está marcada para esta terça-feira, às 9h, na sede do TRT-MA. Foram intimados o Sttrema, o SET, a Prefeitura de São Luís, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), a Empresa de Mobilidade do Estado do Maranhão (MOB) e o Ministério Público do Trabalho (MPT-MA). A sessão será conduzida pela juíza auxiliar da presidência do TRT-16, Tália Barcelos Hortegal Braga.

Os rodoviários reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A categoria apresentou em novembro de 2024 uma proposta de Convenção Coletiva de Trabalho para 2025 ao SET, garantindo direitos trabalhistas. As empresas, porém, afirmam não ter condições de atender as demandas e não apresentaram uma contraproposta.

Na última sexta-feira (14), uma reunião no TRT-MA, mediada pela Justiça, também terminou sem avanços. O Sindicato dos Rodoviários criticou a falta de compromisso dos patrões, que, mesmo após diversas rodadas de negociação, seguem se recusando a atender as demandas da categoria. Em janeiro e fevereiro, o sindicato participou de audiências no MPT-MA com representantes do governo estadual, da Prefeitura e do SET, mas as negociações também fracassaram.

Entre as reivindicações dos rodoviários estão:

  • Ticket de alimentação de R$ 1.300 para motoristas que trabalham com cobrador;
  • Ticket de R$ 1.500 para motoristas que também atuam como cobrador;
  • Reajuste salarial de 15% para motoristas que trabalham com cobrador, passando para R$ 2.961,25;
  • Reajuste de 25% para motoristas que acumulam a função de cobrador, chegando a R$ 3.218,75;
  • Inclusão de dois dependentes no plano de saúde e odontológico;
  • Seguro para motoristas em caso de falecimento.

Diante do impasse, a Prefeitura de São Luís anunciou medidas emergenciais. Nessa segunda-feira (17), o prefeito Eduardo Braide (PSD) encaminhou à Câmara Municipal um Projeto de Lei para permitir uma nova licitação do sistema de transporte, abrindo caminho para substituir as empresas de ônibus.

Além disso, a Prefeitura propôs pagar corridas de aplicativos para a população enquanto durar a paralisação. O financiamento sairia do subsídio anual de R$89 milhões repassado pelo município às empresas de transporte. No entanto, o governo municipal não detalhou como o sistema funcionará na prática.

O desfecho da greve depende agora da audiência de conciliação no TRT-MA. Enquanto isso, milhares de trabalhadores seguem sem transporte, enfrentando dificuldades para chegar ao trabalho e outras atividades diárias.

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