África

Governos nacionalistas do Sael criam força militar conjunta

Mali, Burkina Faso e Níger nomearam o general Daouda Traoré para comandar as operações conjuntas contra grupos armados na região

O presidente do Mali, general Assimi Goïta, presidiu no sábado (20), em Bamako, capital do país, a cerimônia de criação oficial da Força Unificada da Confederação de Estados do Sael (FU-AES), estrutura que reúne os exércitos de Mali, Burquina Fasso e Níger e formaliza a cooperação militar entre os três países.

Durante o ato, Goïta entregou a bandeira da nova força e destacou que a medida consolida uma aliança construída “após meses de preparação” no âmbito dos Estados do Sael. A cerimônia reuniu, de acordo com a emissora venezuelana teleSUR, o primeiro-ministro do Mali e os ministros da Defesa Sadio Camara (Malí), Célestin Simporé (Burquina Fasso) e Salifou Mody (Níger), além de chefes militares, embaixadores e representantes de organizações internacionais credenciadas no país.

Na mesma ocasião, foi confirmado o general Daouda Traoré como chefe do novo comando. Goïta declarou que o momento teria “relevância histórica” e elogiou o “profissionalismo” das forças armadas e de segurança dos três países, conforme relatado pela teleSUR.

A teleSUR afirma ainda que, desde a Declaração de Niamey, de 6 de julho de 2024, os exércitos dos três países já vinham realizando operações combinadas, citando as ações Yéréko I e Yéréko II. Essas operações teriam resultado na neutralização de dirigentes de grupos armados e na destruição de áreas usadas como “santuários” e bases logísticas, com troca de informações de inteligência e compartilhamento de recursos entre os três países.

Goïta também sustentou que as forças precisariam manter “antecipação estratégica” diante de mudanças nas táticas dos grupos armados e de ameaças que não se limitariam ao terreno militar, mencionando pressões “econômicas e informativas”. Ainda segundo a teleSUR, a confederação teria criado uma emissora de televisão, uma rádio e um meio impresso para reforçar a atuação no campo da informação.

O ministro da Defesa do Malí, general Sadio Camara, declarou que o Sahel atravessa um “momento crucial” e afirmou que “a paz, a segurança e a soberania são indelegáveis”. Para Camara, a FU-AES seria a materialização de uma estratégia conjunta baseada em “solidariedade e dignidade”.

A bandeira entregue na cerimônia, ainda conforme a teleSUR, foi apresentada como homenagem a civis e militares mortos e como expressão do compromisso dos três países com a nova estrutura.

A Confederação de Estados do Sael é composta por Mali, Burquina Fasso e Níger, países que passaram por golpes militares nacionalistas em agosto de 2020, setembro de 2022 e julho de 2023, respectivamente.

Os três países deixaram a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em janeiro de 2025, apontando o movimento como parte de um processo de integração regional fora dos marcos tradicionais associados à dominação imperialista francesa.

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