Os Estados Unidos estão pressionando o governo ucraniano a aceitar o novo plano de paz elaborado pelo presidente Donald Trump até a próxima quinta-feira(27), sob ameaça explícita de cortar o envio de armas e o compartilhamento de informações de inteligência, segundo a agência britânica Reuters. A iniciativa busca forçar o governo ucraniano a fechar o tratado que, de acordo com fontes citadas pela agência, tem implicações diretas sobre a continuidade do conflito.
O chamado “plano de 28 pontos” de Trump prevê que o governo de Vladimir Zelensqui ceda os territórios já conquistados pela Rússia e entregue parte significativa de seu armamento, como condição para encerrar a guerra. Trata-se, na prática, do reconhecimento da derrota militar ucraniana — algo que até mesmo setores da imprensa imperialista têm admitido.
A União Europeia, no entanto, resiste, afirmando estar trabalhando por “um acordo mais favorável à Ucrânia”, deixando claro que não pretende aceitar o plano de Trump. O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, declarou à Reuters que qualquer acordo “não deve equivaler a uma capitulação”. Trata-se de uma defesa aberta pela continuação da guerra.
O que essas declarações revelam é a profunda divisão dentro do próprio campo imperialista. Enquanto o governo Trump pressiona por uma saída negociada que freie a escalada militarista da OTAN, o imperialismo europeu — especialmente França e Alemanha — insiste em prolongar o conflito, mesmo diante do desastre militar ucraniano. A política da União Europeia é empurrar o país até a falência total e arrastar sua população para um esforço de guerra cada vez mais suicida. Pesquisas recentes apontam que a Ucrânia já perdeu mais de um milhão de soldados desde o início da guerra imposta pelo grande capital.
Diante desse choque de interesses entre o campo imperialista, o futuro da Ucrânia permanece completamente incerto. De um lado, Trump tenta impor um acordo que exige pesadas concessões; de outro, a União Europeia, com o apoio do imperialismo norte-americano, aposta em seguir alimentando o conflito.





