Neste sábado (15), manifestantes se reuniram em mais de 50 cidades do México para protestar contra a política do governo federal frente à corrupção e à criminalidade.
“Estou cansado e triste com a situação atual do país”, disse Rodrigo Santana, de 21 anos, cantor que participou do protesto na Cidade do México. “O objetivo desta marcha é justamente tirar a presidente do poder. E mostrar que estamos com raiva, que o povo não está com ela”. A presidente Claudia Sheinbaum, por seu turno, questiona as motivações dos manifestantes e fala em “movimento promovido de fora contra o governo”.
A situação, contudo, permanece tensa. Segundo alega a imprensa local, um prefeito que havia pedido medidas enérgicas contra criminosos foi assassinado neste mês, a extorsão atingiu níveis recordes e alguns estados se tornaram campos de batalha para cartéis armados. Os manifestantes tiveram o apoio do “Movimento Sombrero”, que surgiu após o assassinato do prefeito. “Carlos não morreu; o governo o matou”, gritavam os ativistas, referindo-se ao prefeito de Uruapan, no estado de Michoacán, que foi morto a tiros durante uma celebração pública no Dia dos Mortos, em 1° de novembro.
Antes de sua morte, Manzo havia entrado em conflito com Sheinbaum sobre a política de “segurança”, que descreveu como falha e ineficaz. Expressando a política de extrema direita de países como El Salvador, Manzo chegou a anunciar que recompensaria policiais que matassem os pistoleiros dos cartéis.
Sheinbaum descreveu os protestos planejados como parte de uma campanha “artificial e paga”, organizada por seus opositores. Uma apresentação do governo rastreou a promoção online dos protestos até figuras ligadas à oposição e contas recém-criadas em redes sociais, uma iniciativa que, segundo as autoridades, custou quase US$5 milhões.





