Editorial

Governo Lula participará da patifaria dos genocidas?

Está em marcha operação política dos países imperialistas para desarmar a resistência e salvar o Estado sionista do colapso

Nesta quarta-feira (30), foi publicada a chamada Chamada de Nova Iorque, uma declaração conjunta assinada por 15 países, supostamente em apoio à criação do Estado da Palestina. Contudo, longe de representar uma vitória da luta do povo palestino, trata-se de uma operação política dos países imperialistas para desarmar a resistência e salvar o Estado sionista do colapso.

Apesar de não assinar o documento, o governo brasileiro apoia oficialmente a iniciativa, numa coalizão que inclui França, Reino Unido, Itália, Japão, e Estados Unidos — ou seja, os maiores cúmplices do genocídio perpetrado por “Israel” na Faixa de Gaza. O apoio do governo Lula a uma manobra coordenada pelos responsáveis pelo massacre de mais de 60 mil palestinos é escandaloso. A Chamada de Nova Iorque é um documento criminoso, que sequer tenta esconder seu verdadeiro objetivo: liquidar a Resistência Palestina. Logo no início do texto, os autores condenam “o hediondo e antissemita ataque terrorista de 7 de outubro”, numa formulação que repete palavra por palavra a propaganda sionista e ignora completamente o massacre que precedeu a ofensiva palestina.

Como se não bastasse, o texto exige o “desarmamento do Hamas” e a formação de um “Estado palestino desmilitarizado” — ou seja, um Estado completamente submisso a “Israel” e ao imperialismo. A proposta não tem nada de solução pacífica: é a rendição da resistência e o fim da luta nacional palestina.

A tentativa de entregar Gaza para a administração da Autoridade Palestina, subordinada à ocupação sionista, é parte da mesma política. Sem a resistência armada, a população palestina estaria completamente indefesa diante da máquina de guerra de “Israel”. Isso abriria caminho para uma limpeza étnica ainda mais violenta do que a que já vem sendo conduzida, com bombardeios diários, assassinatos em massa e uma fome planejada pelas potências imperialistas.

Não é coincidência que a declaração seja copresidida pela França — o mesmo país que proíbe manifestações pró-Palestina — e pela Arábia Saudita, ditadura a serviço do imperialismo. Trata-se de uma tentativa desesperada de evitar a completa desmoralização do Estado sionista e conter o avanço da luta revolucionária em toda a região.

É inaceitável que o governo brasileiro se envolva nessa farsa. Apoiar a Chamada de Nova Iorque é o mesmo que se aliar aos arquitetos do genocídio. É participar de uma operação suja para sabotar o avanço das forças populares que vêm impondo derrotas militares, políticas e morais a “Israel”. O governo Lula deve romper imediatamente com essa iniciativa reacionária e retirar o apoio brasileiro à coalizão encabeçada por Macron e pelos EUA. Ao mesmo tempo, o Brasil deve romper relações com “Israel”, expulsar seu embaixador e prestar todo o apoio à legítima resistência do povo palestino. Só a luta armada e revolucionária poderá pôr fim ao genocídio e garantir a libertação da Palestina.

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