Mercenários do Haiat Tahri al-Sham (antiga Al-Qaeda na Síria), a organização que tomou o poder com o golpe de Estado, lançaram uma campanha de repressão contra um grupo minoritário em Homs após recentes protestos contra os novos governantes da Síria.
Nesta quinta-feira (2), os mercenários estavam fazendo diversas batidas na cidade de Homs a procura de dissidentes do regime golpista, principalmente membros da minoria religiosa alauita, a mesma de Bashar al-Assad.
Eles pediram “aos moradores dos bairros de Wadi al-Dhahab e Akrama que não saiam às ruas, permaneçam em casa e colaborem plenamente com nossas forças”.
Rami Abdel Rahman, chefe do chamado Observatório Sírio para Direitos Humanos, afirmou que os dois distritos de Wadi al-Dhahab e Akrama em Homs são majoritariamente habitados por alauítas.
Segundo ele, a campanha visa buscar aqueles que organizaram ou participaram das manifestações alauítas da semana passada, que a Al-Qaeda considerou como incitação contra sua autoridade.
Recentemente milhares de pessoas protestaram em várias áreas da Síria, incluindo Lataquia, Tartus, Homs, Hama e Qardaha, após a circulação de um vídeo mostrando um ataque a um santuário alauíta no norte do país.