Governos neoliberais e de extrema direita vêm aumentando cada vez mais a quantidade de escolas militares no País. Um exemplo é o estado de Santa Catarina, governado por Jorginho Mello (PL) desde 2023.
Já em 2023, o então governador publicou um decreto que instituiu as escolas militares. “O projeto prevê a manutenção das escolas que já operam neste modelo e a ampliação para mais unidades”.
Entre 2023 e 2024, foram criadas 10 escolas com esse formato ditatorial, comandado por militares. Agora, no início de 2025, mais cinco escolas serão incorporadas a esse programa promovido pelo governador bolsonarista.
Enquanto a luta dos professores é por aumento de salário e redução da jornada de trabalho, nas escolas militares, há uma transferência de recursos para as Forças Armadas. A suposta disciplina e o bom rendimento, utilizados como propaganda pela extrema direita, são resultado do dinheiro investido nessas escolas, muito superior àquele destinado às demais escolas públicas do País. Não é o aumento da repressão que vai mudar esses índices; pelo contrário, isso prejudica a relação entre professor e aluno.
Esse tipo de escola também tem como um dos principais objetivos impor uma verdadeira ditadura contra os alunos e o movimento estudantil como um todo. Proibindo, assim como foi feito na ditadura, a formação de grêmios e demais organizações de luta da juventude.
É preciso dizer não às escolas militares e também à proibição dos celulares em escala nacional. É necessária uma ampla mobilização entre os mais prejudicados: alunos e professores. Somente a mobilização nacional poderá colocar em xeque a política da direita.