Recentemente, o governo aprovou o reajuste dos servidores técnico-administrativos da educação federal, com os 9% prometidos para este ano. A maioria das reivindicações, porém, ainda não foi atendida. O governo anunciou que, no dia 16, a prévia do contracheque estaria disponível no aplicativo SouGov. Coincidentemente ou não, nesse dia a visualização não foi possível para a maioria dos servidores em nível nacional, devido a um suposto congestionamento do sistema.
Independentemente do anúncio, o fato é que o acordo não foi cumprido na íntegra e ainda há diversas pendências a serem tratadas, como a jornada de 6 horas diárias, o reconhecimento de saberes e competências (RSC), a revisão das concessões de adicionais de insalubridade, o reposicionamento dos aposentados, a hora ficta dos trabalhadores dos hospitais universitários, entre outros pontos.
Muitas questões continuam sem resolução no que diz respeito ao acordo. Pelo contrário: o acordo está sendo quebrado, ao passo que outras demandas urgentes também exigem resposta, como o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para todos os servidores e o aumento do percentual dos adicionais de insalubridade e periculosidade.
A luta por melhores salários também passa pela incorporação do vale-alimentação e do auxílio-saúde para os aposentados, pela equiparação dos auxílios entre os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e pela recuperação dos salários, cujo poder de compra caiu brutalmente mais de 50% nos últimos anos.
É preciso responder às atuais ameaças de cortes de verbas e de não cumprimento dos pagamentos para a saúde e a educação com uma greve forte, que reivindique nossas necessidades.
Enquanto o governo anuncia que não irá pagar pela saúde e pela educação, os bancos batem recordes de lucros. A mamata do setor financeiro no Brasil é a maior do mundo. É preciso ocupar as ruas em greve contra a ditadura bancária que estrangula nosso orçamento, contra a austeridade fiscal e pela melhoria das condições da categoria dos técnico-administrativos em educação.
