Editorial

Frente ampla quer entregar terras raras brasileiras

Para salvar latifundiários, Simone Tebet diz que Brasil pode negociar minerais com o Estados Unidos

Nesta terça-feira (12), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ao comentar as taxações do governo Trump contra a economia brasileira, afirmou que o Brasil tem “coisas a oferecer” aos Estados Unidos. Tebet destacou os chamados minerais críticos, ou terras raras, essenciais para a produção de celulares e baterias de veículos elétricos.

“Nós temos coisas a oferecer aos EUA, especialmente minerais críticos. No momento certo, eles virão conversar conosco. Vamos dar tempo para ver, efetivamente, o que os EUA querem do Brasil. Havia especulação se era uma questão política, se era o Judiciário… Com o tempo essa espuma vai sumir e vamos ver o fundo da piscina. Vamos dar tempo para ver o que o Brasil pode oferecer aos EUA, obviamente, respeitando a soberania e a democracia.”

Questionada sobre o plano de contingência para setores prejudicados pelo tarifaço, Tebet afirmou que ainda há “detalhes sendo esclarecidos” internamente no governo. Ela ressaltou que a prioridade seria o impacto fiscal: “a intenção é que o auxílio tenha um impacto mínimo nas contas públicas”.

Essa declaração da ministra vem após o presidente brasileiro afirmar que o governo não vai permitir a exploração de minerais raros por países estrangeiros, contradizendo as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmava haver a possibilidade de acordos de cooperação com os Estados Unidos envolvendo terras raras e minerais críticos.

“Nós temos minerais críticos e terras raras. Os Estados Unidos não são ricos nesses minerais. Nós podemos fazer acordos de cooperação para produzir baterias mais eficientes na área tecnológica”, disse o ministro em entrevista à BandNews.

A latifundiária Simone Tebet, uma das principais representantes da frente ampla no governo Lula, mostra bem qual é o caráter desta política a que o Partido dos Trabalhadores (PT) se submeteu nas últimas eleições. O governo brasileiro não deve fazer nenhum tipo de negociação sob pressão com o governo norte-americano, muito menos quando se trata de riquezas que só o País e a China tem.

Tebet é uma representante – dentro de um governo dito de esquerda – dos interesses do chamado “agronegócio”. Ou seja, para Tebet, o povo brasileiro deveria entregar suas riquezas para que esse setor não seja taxado por Donald Trump. É por causa da pressão de “aliados” como estes que o governo Lula está sempre sob pressão e, cada vez mais, se deslocando à direita, capitulando diante de sues inimigos.

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