Amazônia

Fazendeiros fecham acesso a seringal em Boca do Acre (AM)

Latifundiários criminosos na região da Norte do País humilham famílias seringueiras

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) denuncia a escalada da violência na região noroeste do País, entre os estados do Amazonas, Acre e Rondônia. No município de Boca do Acre (AM), uma área indígena onde se localiza um seringal tradicionalmente ocupado há décadas por famílias seringueiras, é alvo da ação de latifundiários e posseiros. Esses grupos, com o apoio do Estado, da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Ibama e de jagunços, transformam a região em uma terra sem lei, apesar da presença do Estado na forma de agentes repressivos.

Em um recente atentado contra o direito de ir e vir, um fazendeiro interessado na área contratou uma equipe de segurança armada para atuar no local e instalou uma guarita, onde vem exigindo informações das famílias posseiras. Apenas órgãos como o Ibama e o ICMBio têm autorização para atuar na região. Acionada, a CPT esteve no local e questionou os seguranças fardados, que responderam: “estamos cumprindo lei federal para fiscalização ambiental.” No entanto, o grupo não apresentou nenhum documento de identificação, configurando uma flagrante ilegalidade tanto na sua presença quanto na suposta atuação federal e no cerceamento do direito de locomoção.

Atualmente, a região é um dos principais epicentros da grilagem de terras no País, com áreas disputadas por grandes fazendeiros. A violência na região se compara a cenários de guerra ao redor do mundo. Em 2024, ao menos 10 pessoas foram ameaçadas de morte, houve 9 casos de criminalização e 7 de intimidação. Esses são os dados oficiais, mas a realidade local é ainda mais grave. A grilagem aumentou 117%, enquanto os registros de pistolagem saltaram de 2 para 11 casos, um crescimento de 450%.

A coação, a intimidação e a pistolagem são práticas cotidianas na região amazônica, onde os casos de violência se multiplicam a cada dia. Enquanto isso, a política de Reforma Agrária e qualquer ação estatal para coibir o coronelismo na região estão paralisadas.

Tortura e morte tornaram-se comuns na região, e mais de 200 famílias vivem sob forte ameaça de pistoleiros, jagunços e da própria polícia local.

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