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Universidade de Férias

Fascismo, Revolução Russa, Marxismo; relembre os cursos do PCO

À medida que a edição número 52 se aproxima, relembre os principais e mais famosos temas de universidades antigas

A Universidade de Férias do Partido da Causa Operária (PCO), reconhecida como uma das atividades mais importantes de formação política da esquerda e do Brasil, retorna em 2025 para sua 52ª edição. O evento acontecerá entre os dias 25 de janeiro e 2 de fevereiro, com o tema central “A crise do imperialismo: elementos fundamentais da crise mundial”, ministrado pelo companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO.

Essa edição promete ser mais um marco, abordando a conjuntura global de crise do imperialismo e suas implicações para a luta de classes e de todos os trabalhadores. Não se trata apenas de um curso, mas de uma experiência única que combina teoria marxista, debates de alto nível e convivência socialista. Para celebrar essa nova edição, vamos relembrar alguns temas marcantes das últimas Universidades de Férias, que exploraram questões centrais para a classe trabalhadora e o movimento socialista.

1. 51ª Universidade de Férias (2024): Imperialismo, fase superior do capitalismo (de Lênin)

Inspirado na obra clássica de Lênin, este curso ofereceu uma análise profunda sobre o imperialismo como a fase mais avançada – e decadente – do capitalismo. Foi debatido como a concentração de capitais e a exploração dos países oprimidos são características enraizadas do sistema e como isso se relaciona com as crises econômicas e políticas do século XXI, evidenciando que o texto de Lênin, de mais de um século, é ainda mais atual nos dias de hoje do que já o era em sua época.

2. 49ª Universidade de Férias (2023): Uma crítica marxista do identitarismo

Em um momento em que as pautas identitárias ganham cada vez mais visibilidade, o PCO promoveu uma discussão com base no marxismo evidenciando não os limites deste movimento, como setores petistas tentam trazer, mas como, desde sua origem, são movimentos pró-imperialistas, que não lutam pelos direitos legítimos dos negros, das mulheres e do grupo que for. O curso enfatizou que nenhuma luta séria contra a opressão pode ser separadas da luta de classes, e a tentativa do identitarismo de isolar cada pauta e traçar sua superação por dentro do capitalismo é uma das características mais reacionárias deste movimento já reacionário de berço. A abordagem destacou a importância do materialismo histórico como ferramenta para compreender e enfrentar essas opressões de forma totalizante e revolucionária.

3. Universidade de Férias (2021): O que foi o stalinismo

Essa edição especial online explorou criticamente o stalinismo como fenômeno histórico, político e ideológico. Foram discutidas as deformações burocráticas na União Soviética e suas consequências para o movimento revolucionário internacional., o atraso promovido por Stálin e sua burocracia soviética reacionária e como o regime de Stálin influenciou de forma extremamente negativa a trajetória da luta de classes no século XX, sendo ele o maior freio das revoluções no último século.

4. 40ª Universidade de Férias (2017): 100 anos da Revolução Russa

Em comemoração ao centenário da Revolução de Outubro, os participantes revisitaram os eventos que levaram a uma das maiores transformações sociais da história. Com foco na liderança dos bolcheviques, o curso destacou o papel de Lênin, Trotski e o partido revolucionário na construção do primeiro Estado operário e os aprendizados que essa experiência oferece para os movimentos socialistas contemporâneos.

5. 42ª Universidade de Férias (2018): Brasil: Da crise da ditadura militar ao golpe de 2016

Este curso revisitou momentos cruciais da história recente do Brasil, analisando como a crise da ditadura militar deu origem ao regime democrático-burguês e culminou no golpe de Dilma Roussef em 2016. Foi debatida a influência do imperialismo na política brasileira e as estratégias para resistir à ofensiva reacionária contra os trabalhadores.

6. 43ª Universidade de Férias (2019): Fascismo: O que é, e como combatê-lo

Com a ascensão de governos autoritários e movimentos de extrema direita em diversas partes do mundo, essa edição tratou do fascismo como fenômeno histórico e contemporâneo, evidenciando que não é uma “terceira ideologia”, como alguns indicam, mas o cão de guarda do capitalismo, sendo solto quando necessário para conter os trabalhadores e os movimentos sindicais. O curso trouxe uma leitura marxista sobre as raízes do fascismo e estratégias de combate, ressaltando a importância da unidade e organização da classe operária para derrotar o avanço reacionário.

Desde sua primeira edição, em 1998, a Universidade de Férias do PCO se consolidou como um espaço fundamental de formação teórica e prática. Reunindo marxistas de todo o país, ela oferece mais do que aprendizado: é uma experiência de convivência socialista, solidariedade e compromisso com a transformação revolucionária da sociedade. Outros temas marcantes de edições passadas incluem:

  • Trotski, vida e obra – O programa de transição (2017);
  • Rosa Luxemburgo: vida e obra (2011);
  • Teoria e história da Revolução Permanente (1999);
  • A crise histórica do capitalismo: do surgimento do imperialismo ao neoliberalismo (2018).

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