Em matéria publicada nesta segunda-feira (17), o jornal The New York Times (NYT) constatou que a expulsão de palestinos da Cisjordânia em 2025 é a maior desde 1967.
Aquele foi o ano da Guerra dos Seis Dias, quando “Israel”, com o apoio do imperialismo, derrotou uma coalizão de Estados árabes, composta por Egito, Síria, Jordânia, Iraque e Líbano. Como resultado da guerra, a entidade sionista invadiu e ocupou ilegalmente as Colinas de Golã (da Síria), a Cisjordânia e Jerusalém Oriental (da Jordânia), além da Faixa de Gaza e da Península do Sinai (do Egito), totalizando cerca de 70 mil km² de territórios que pertenciam a esses países e expulsando centenas de milhares de palestinos de suas terras.
Em 2025, “Israel” vem conduzindo uma nova ofensiva na Cisjordânia por meio da operação “Muro de Ferro”. Essa ofensiva tem, entre outros objetivos, derrotar a Resistência Palestina na região, como forma de compensar a humilhante derrota sofrida na Faixa de Gaza, imposta pelo Hamas e demais organizações com o recente cessar-fogo.
A ofensiva já resultou na expulsão de mais de 40 mil palestinos de suas casas. Somente nos campos de refugiados de Jenin e Tulcarém, 26 mil pessoas foram desalojadas. Segundo o NYT, “o que torna este momento sem precedentes não é apenas a escala do deslocamento, mas também o discurso que o acompanha, que cada vez mais normaliza a ideia de deslocamento forçado permanente”.
Citando um morador local de Tulcarém, o jornal informa: “Os israelenses têm dois objetivos – primeiro, empurrar os refugiados do norte da Cisjordânia para as áreas centrais, visando apagar completamente os campos de refugiados. O segundo objetivo é eliminar a resistência e enfraquecer a capacidade da Autoridade Palestina de governar.”
Segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), a expulsão forçada de palestinos na Cisjordânia ocupada está “aumentando a um ritmo alarmante”, acrescentando que “o Campo de Jenin está vazio hoje, evocando memórias da Segunda Intifada”, e que essa cena deve se repetir em outros campos.
No processo de expulsão, 55 palestinos já foram assassinados desde o início da operação, além da destruição de inúmeras casas e propriedades, tornando “os campos de refugiados do norte inabitáveis”. A ação genocida é conduzida não apenas pelas forças israelenses de ocupação, mas também pelos colonos locais, isto é, milícias fascistas do sionismo. Quanto à Autoridade Palestina, esta emprega seu aparato repressivo para atacar a Resistência Palestina.