A epidemia de dengue se espalha de forma alarmante pelo Brasil, atingindo níveis críticos em diversos estados. Em Minas Gerais, a situação se agrava com um crescimento vertiginoso no número de mortes e infecções, evidenciando a falência das políticas públicas de saúde. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) apontam que, apenas no último mês, foram registradas 10 mortes pela doença, elevando para 13 o total de óbitos confirmados em 2025.
A escalada de casos é brutal: em fevereiro, o estado contabilizava três mortes, número que saltou 333% em apenas quatro semanas. Além disso, a quantidade de óbitos sob investigação mais que dobrou, passando de 22 para 55. Enquanto isso, o número de infectados também segue uma curva ascendente, com 23.885 casos confirmados até esta o último dia 11, mais do que o dobro dos 10.478 casos registrados no mês anterior, um aumento de 128%. Entre os infectados, 3.263 são pessoas com comorbidades, enquanto 780 apresentam quadros graves ou sintomas preocupantes.
Não bastasse a explosão de casos de dengue, outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti também avançam no estado. Minas Gerais já contabiliza duas mortes por chikungunya, com mais um óbito em investigação, e 3.702 infecções confirmadas da doença. Do total, 520 pacientes apresentam comorbidades. No caso da zika, três diagnósticos foram confirmados até o momento, embora ainda não haja registros de mortes.
O surto descontrolado de arboviroses expõe a negligência do governo em tomar medidas eficazes para conter a proliferação do mosquito transmissor. A falta de investimentos em prevenção, saneamento básico e campanhas efetivas de combate ao vetor reflete a falência do sistema de saúde pública. A cada ano, a dengue avança sem que medidas estruturais sejam tomadas, resultando em hospitais sobrecarregados, atendimento precário e uma população abandonada à própria sorte.
Enquanto as autoridades seguem sem apresentar um plano eficaz para conter a calamidade, os números crescem exponencialmente, demonstrando que a atual gestão da saúde pública é incapaz de lidar com crises previsíveis. O avanço da doença é um reflexo direto da omissão governamental e do descaso com a população, que continua pagando o preço da incompetência estatal com vidas perdidas e um colapso iminente no sistema de atendimento médico.