O Estado-Maior das Forças Armadas do Irã afirmou nesta segunda-feira (29) que suas unidades militares “não permitirão qualquer ameaça” à segurança do país e de seu povo e advertiu que toda nova ação hostil contra o território iraniano receberá uma resposta “muito mais dura, mais esmagadora e mais danosa” do que no passado.
A declaração foi divulgada em alusão ao 16º aniversário das mobilizações nacionais de 2009 em apoio ao regime da República Islâmica, realizadas no dia 9 de Dey, mês do calendário persa. No texto, o Estado-Maior caracterizou os atos como demonstração de vigilância popular, unidade e lealdade ao sistema político do país.
Ainda segundo o comunicado, a população iraniana superou “planos complexos” de adversários estrangeiros e de seus aliados internos, o que, de acordo com a nota, evidencia a capacidade de resistência do regime em períodos de crise. O Estado-Maior acrescentou que pressões continuadas, incluindo sanções, campanhas de imprensa e operações psicológicas, não enfraquecerão o Irã.
O documento também afirma que, sob a orientação do Líder da Revolução Islâmica, aiatolá Saied Ali Khamenei, a população do país seguirá resistindo às pressões externas. O Estado-Maior declarou, ainda, que as Forças Armadas estão em “plena prontidão” e com “autoridade” para impedir qualquer dano ao país ou à segurança da população, afirmando que “qualquer erro de cálculo” dos inimigos resultará em retaliação mais contundente e custosa.
Em nota separada, o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (CGRI) denunciou que os inimigos do Irã tentam semear a “sedição” na sociedade por meio de guerra cognitiva, operações psicológicas, versões falsificadas, disseminação de medo e incentivo à capitulação. A força afirmou que a agressão de 12 dias realizada em junho por “Israel” e pelos Estados Unidos contra o Irã foi um exemplo destacado de uma ameaça de várias frentes, com dimensões de segurança, psicológicas e econômicas que iriam além do confronto militar.
O CGRI também advertiu contra iniciativas que busquem corroer a confiança pública, dizendo que esse tipo de ação está em consonância com os objetivos das potências imperialistas, lideradas pelos Estados Unidos e por “Israel”. Por fim, ressaltou a necessidade de unidade entre a população, intelectuais e autoridades e afirmou que protegerá a independência, a segurança, a dignidade e a autoridade do Irã diante de atos de sedição, guerra cognitiva, ameaças à segurança e agressões territoriais.
