O exército israelense tem “sérias dúvidas” sobre a viabilidade do plano do presidente dos EUA, Donald Trump, de assumir o controle da Faixa de Gaza e facilitar a expulsão em massa de seus residentes para outros países, informou a mídia israelense em 7 de fevereiro.
Altos oficiais do exército citados pelo jornal afirmam que buscam uma solução que evite acusações de crimes de guerra. Eles também destacam que o maior desafio é a falta de apoio internacional – especialmente porque o Hamas ainda controla Gaza e provavelmente não permitirá um deslocamento em massa.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou, em 7 de fevereiro, que a liderança militar repreendesse o major-general Shlomi Binder – chefe da inteligência do exército israelense – por destacar possíveis problemas no plano de Trump.
O canal de notícias israelense Canal 13 informou que, durante uma avaliação, Binder alertou que o plano poderia resultar em uma escalada e em “violência inimiga”, inclusive na Cisjordânia ocupada e antes do mês sagrado muçulmano do Ramadã.
O ex-chefe da inteligência israelense, Amos Yadlin, disse a uma emissora de rádio em 6 de fevereiro que o sucesso do plano de Trump é improvável.
“Foi apresentado um plano muito favorável para os israelenses aqui, e espero que se concretize. No entanto, acho que a chance de isso acontecer é muito pequena, e também envolve riscos”, disse ele.