A ex-presidente golpista da Geórgia, Salome Zourabichvili, que liderou a mais recente fracassada revolução colorida no país, irá assumir uma fellowship no Instituto McCain, na Universidade Estadual do Arizona.
Uma fellowship é, formalmente, uma bolsa de estudos fornecida por universidades norte-americanas. Mas, na prática, serve para cooptar e treinar pessoas para serem agentes do imperialismo, ou mesmo pessoas que já são agentes, como Salome Zourabichvili. Não coincidentemente, o instituto do qual ela recebeu a “bolsa de estudos” recebe o sobrenome do falecido John McCain, conhecido por ser um dos principais falcões da política externa dos EUA. McCain foi um dos principais políticos norte-americanos a atuar no Euromaidan, revolução colorida que ocorreu em 2014 na Ucrânia, tendo inclusive estado presente nas manifestações golpistas de então, junto com Victoria Nuland.
Além disto, o nome da “bolsa de estudos” para qual Zourabichvili foi escolhida recebe o nome de Henry Kissinger, outro notório político do imperialismo, ex-secretário de Estado dos EUA.
Comentando sobre o emprego, o presidente do parlamento da Geórgia comparou a situação de Zourabichvili com a de Mikhail Saakashvili, ex-presidente do país, que foi colocado no cargo pelos EUA, através da Revolução das Rosas, a primeira revolução colorida perpetrada contra o povo da Geórgia:
“Quase 12 anos atrás, um gesto semelhante foi estendido a ..Saakashvili, na Tufts University”, ele escreveu no X na terça-feira. “Apesar de ter jurado lealdade somente à Geórgia, Saakashvili mais tarde se tornou uma cidadã ucraniana e Zourabichvili também, eventualmente, provavelmente retornará à sua França natal”, disse Shalva Papuashvili, o presidente do parlamento.
O atual presidente da Geórgia é Mikhail Kavelashvili, eleito em dezembro de 2024, quando o governo, liderado pelo partido Sonho Georgiano, estava derrotando a tentativa golpista contra o país. Zourabichvili continua se recusando a reconhecer os resultados das eleições e, segundo o Instituto McCain, ela, que “defendeu vigorosamente o caminho da Geórgia para a integração à UE e à OTAN e apoiou a reforma democrática, vetando a ‘lei de agentes estrangeiros’ do governo do Sonho Georgiano, modelada pelo Kremlin, e se opondo à virada autocrática do partido […] usará sua vasta experiência diplomática, de liderança e de formulação de políticas para pressionar por novas eleições e um caminho democrático em seu país”.
Em outras palavras, a ex-presidente, Salome Zourabichvili, recebe emprego dos EUA para continuar sua atividade golpista contra a Geórgia, desta vez de fora do país.