São Paulo

Ex-prefeito é acusado de simular atentado durante eleição

Em busca da reeleição, Aprígio recebeu 38.896 votos no primeiro turno. Mesmo com atentado, porém, Aprígio perdeu a disputa pela reeleição

José Aprígio da Silva (PODEMOS), ex-prefeito de Taboão da Serra, cidade da Grande São Paulo, é alvo de uma operação policial após ser acusado de forjar um atentado contra si durante as eleições municipais de 2024. O objetivo seria sensibilizar eleitores e conquistar apoio nas urnas. A Polícia Civil de Taboão da Serra, juntamente com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público paulista, está conduzindo a investigação que aponta o episódio como uma cena falsa.

Na manhã desta segunda-feira, 17 de fevereiro, a operação “Fato Oculto” foi deflagrada, com a execução de dez mandados de busca e apreensão, além de duas ordens de prisão temporária. Durante a operação, foram apreendidos celulares, computadores, armas e dinheiro. A defesa de Aprígio, no entanto, nega as acusações e afirma que o ex-prefeito foi surpreendido pela operação. O advogado de defesa, Allan Mohamed, destacou que o dinheiro apreendido foi declarado corretamente no imposto de renda e reforçou que Aprígio é vítima de um atentado real, ocorrido em outubro de 2024, quando foi atingido por um tiro com armamento pesado.

O atentado forjado teria ocorrido em 18 de outubro de 2024, quando Aprígio, então candidato à reeleição, trafegava pela rodovia Régis Bittencourt em um Jeep Renegade preto. De acordo com a versão apresentada na época, o veículo foi alvejado por disparos de um Renault Kwid vermelho, deixando o ex-prefeito ferido no ombro. Imagens e vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram Aprígio sangrando dentro do carro a caminho do hospital. Ele foi internado e permaneceu hospitalizado até o dia 26 de outubro, véspera do primeiro turno das eleições.

A investigação aponta que a simulação do atentado teria sido planejada por Valdemar Aprígio, irmão do ex-prefeito, que também foi preso durante a operação, além de dois ex-secretários municipais: José Vanderlei, de Transportes, e Ricardo Rezende, de Obras. A polícia acredita que os envolvidos contataram dois homens para simular o ataque, a fim de gerar comoção e votos para o ex-prefeito durante a campanha eleitoral.

Em busca da reeleição, Aprígio recebeu 38.896 votos no primeiro turno, o que correspondia a 25,93% dos votos válidos. No entanto, ele foi derrotado no segundo turno pelo atual prefeito, Engenheiro Daniel, que obteve 73.479 votos (48,98%). Mesmo após o atentado simulado, o ex-prefeito não conseguiu reverter a derrota, que resultou em 45.492 votos (33,73%) para Aprígio.

A operação em curso tem o objetivo de esclarecer as circunstâncias do episódio e responsabilizar os envolvidos. O ex-prefeito e seu círculo de colaboradores ainda não se manifestaram oficialmente sobre os desdobramentos da investigação.

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