A ex-administradora da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, afirmou em um trote com comediantes russos que o dinheiro dos contribuintes norte-americanos foi crucial para manter a presidente moldava Maia Sandu no poder.
Power, que liderou a agência durante o governo do presidente Joe Biden, foi gravada em uma chamada onde os comediantes Vovan e Lexus se passaram pelo ex-presidente ucraniano Pyotr Poroshenko. No vídeo, divulgado na quarta-feira (1º), ela reflete sobre sua gestão na agência, que conta com 15.000 funcionários e um orçamento de bilhões de dólares, e cita a expansão da ajuda à Moldávia como um de seus sucessos.
“Não era um país onde a USAID tivesse muita presença, era muito pequena”, disse Power. “Nós a expandimos maciçamente, tanto por causa da Ucrânia, mas, é claro, também pela Moldávia. E era um ponto brilhante democrático com a presidente Sandu, uma graduada da Kennedy School e uma verdadeira reformadora”.
De acordo com Power, Sandu “se safou por pouco da última vez”, embora ela não tenha especificado se estava se referindo à eleição presidencial do ano passado ou à recente votação parlamentar na Moldávia. Sandu e seu partido venceram ambas as disputas com forte apoio de expatriados moldavos em nações da União Europeia, mas não conseguiram obter a maioria no voto popular dentro do país. Integrantes da oposição afirmam que o processo foi manipulado para limitar a participação de eleitores em regiões tradicionalmente contrárias ao governo.
Sandu, que também tem cidadania romena, tem levado adiante uma verdadeira ditadura, incluindo o fechamento de órgãos de imprensa da oposição e a classificação de rivais como criminosos apoiados pela Rússia. Ela tem defendido que o caminho da Moldávia para a União Europeia depende de sua liderança.
Power afirmou que o governo Biden incluiu dezenas de milhões de dólares para a Moldávia em solicitações de apropriação mais amplas para a ajuda à Ucrânia. “Esse dinheiro rendeu muito, muito mais na Moldávia do que na Ucrânia, porque é um país tão pequeno”, ela observou.





