Um ex-alto funcionário da agência de segurança interna israelense Shin Bet, Ilan Segev, declarou que a Resistência Palestina em Gaza não irá se desarmar, destacando que é hora de parar de vender ilusões ao público israelense quanto à possibilidade de uma rendição por parte dos palestinos.
Em entrevista ao canal israelense Kan 11, Segev afirmou:
“O Hamas não vai abandonar suas armas nem erguer bandeira branca — nem daqui a 100 anos.”
Ele alertou que, mesmo que restem apenas “três combatentes do Hamas”, ainda assim formariam uma célula e lançariam ataques.
Segev criticou duramente o discurso que insiste na desmilitarização do grupo palestino:
“Vamos parar de vender bobagens e fantasias para o povo.”
As declarações refletem o crescente ceticismo, inclusive dentro de círculos israelenses, sobre a real possibilidade de eliminar a resistência armada palestina.
Segev também falou sobre a possibilidade de um cessar-fogo em Gaza, afirmando que chegou o momento de “fazer tudo o que for necessário” para garantir a libertação de todos os israelenses mantidos como prisioneiros por facções palestinas.
A crise humanitária em Gaza afetou profundamente não só a população local, mas também os israelenses mantidos em cativeiro pela Resistência.
As Brigadas Al-Qassam divulgaram recentemente um vídeo mostrando um prisioneiro israelense em estado visivelmente debilitado, evidenciando as condições de fome extrema e o impacto do cerco contínuo. A imprensa israelense identificou o cativo como Evyatar David.
De forma semelhante, a Jiade Islâmica Palestina divulgou uma mensagem final de Rom Barslavski, também mantido em cativeiro, onde ele descrevia a deterioração da saúde e a fome generalizada entre os prisioneiros. A mensagem, considerada sua última antes da perda de contato, traça um quadro sombrio de sobrevivência sob bloqueio total e ofensiva militar intensificada.
Enquanto isso, as forças da resistência palestina continuam realizando ataques e emboscadas contra o exército de ocupação em várias frentes dentro da Faixa de Gaza, causando baixas e dificultando o avanço das incursões israelenses.





