Na sexta-feira (21), o ex-presidente boliviano Evo Morales anunciou sua candidatura às eleições presidenciais de agosto na Bolívia, mesmo com a proibição imposta pelo Judiciário golpista. Ele disputará o pleito por um novo partido, a Frente para a Vitória (FPV), rompendo oficialmente com o Movimento ao Socialismo (MAS), que atualmente é liderado por seu ex-aliado e atual presidente boliviano, Luis Arce.
A decisão de Morales ocorre em meio a uma ordem de prisão contra ele sob acusação de tráfico de pessoas. O anúncio de Morales veio um dia antes do congresso do MAS, que definirá os critérios para a escolha da chapa oficial sem sua participação.
Durante o evento da FPV, Eliseo Rodríguez declarou que Morales será presidente novamente e que o partido está comprometido em apoiá-lo até que “tome o poder”. A FPV, um grupo de esquerda sem representação parlamentar, assinou um acordo para lançar Morales como candidato único, embora o nome de seu vice ainda não tenha sido definido.
Evo Morales governou a Bolívia de 2006 a 2019, quando foi derrubado por um golpe de Estado. No final de 2024.