A emissora pública da Islândia, RÚV, anunciou nesta quarta-feira (10) que o país não participará da edição de 2026 do Eurovision Song Contest, em Viena, na Áustria. A decisão foi tomada em protesto contra a manutenção da participação de “Israel” no festival, em meio à condenação internacional cada vez maior ao genocídio na Faixa de Gaza.
Com o anúncio, a Islândia se torna o quinto país a aderir ao boicote. Na semana anterior, Espanha, Países Baixos, Irlanda e Eslovênia já haviam comunicado a retirada do festival, após reunião tensa com a União Europeia de Radiodifusão (EBU, na sigla em inglês), responsável pelo concurso.
Na ocasião, esperava-se que os membros da EBU avaliassem medidas diante de denúncias sobre irregularidades em votações anteriores e da pressão de parcelas da população europeia contra a presença de “Israel”. A entidade, no entanto, afirmou que a votação não seria necessária e manteve a emissora estatal israelense, KAN, no evento.
Em comunicado, a RÚV informou que a decisão reflete a posição predominante na população islandesa. “Diante do debate público neste país e das reações à decisão da EBU tomada na semana passada, está claro que nem alegria nem tranquilidade prevaleceriam em relação à participação da RÚV no Eurovision”, declarou a emissora. A direção da empresa já havia solicitado formalmente à EBU a exclusão da emissora israelense do concurso.
Na edição de 2025, 37 países participaram do festival, vencido pelo cantor austríaco JJ, com “Israel” ficando em segundo lugar. A direção do concurso estima que cerca de 35 países devam participar em 2026, número que poderá ser afetado por novas adesões ao boicote.





